O culto de orixá e seus inimigos!
23 de outubro de 2014 09:49 / Deixe um comentário
O culto de orixá é uma das mais antigas, talvez até a mais antiga, das religiões a contar com seguidores e possuir uma estrutura definida nos dias atuais.
Mesmo que originariamente de tradição oral- o que à primeira vista representa uma fragilidade, pois cada praticante que ouve um relato o passará adiante, acrescido de algumas alterações pessoais, fato que felizmente alguns estão tentando mudar ao escrever seriamente sobre temas ligados ao Culto – pode-se notar uma admirável coesão entre seus elementos constituintes que o capacitaram a atravessar os milênios e sobreviver a todos os ataques: o tempo, o colonialismo, a escravidão e as guerras.
Povos outrora dominantes, como os gregos e romanos já não cultuam mais seus deuses, eles passaram a ser apenas mitologia, destruídos pelo cristianismo. Se bem que, nada os recomendava, pois, possuindo poderes divinos (como vida eterna) e mentalidade humana (ódio, luxúria, inveja, etc), acabavam por cometer uma série de atos arbitrários no mínimo inadequados.
O perigo hoje são as neo-religiões capitalistas que, controlam algumas mídias, e a política que prega a dominação intolerante, excludente, monopolista e radical, nos seus meios de ação e ideologia, maquiadas no apelo da “salvação da alma”. Nas sociedades de massa o espírito de rebanho supera o desejo humano de conhecer a verdade. Tal espírito é um retorno a nossa origem animal, quando andávamos em bandos e elegíamos um chefe para pensar e agir por nós.
O ser humano não aprende, ou não lembra. Todos os exemplos de ideologias radicais, como o comunismo e o nazi-fascismo, por exemplo, só provocaram sofrimentos, degradação, guerras e mortes. Mas as religiões que mais crescem no mundo em número de adeptos são as mais radicais. O que está ocorrendo com a humanidade? Está cansada do direito de escolha? Está cansada da democracia? Está cansada da liberdade?
As religiões radicais levarão a espécie humana à beira da extinção, se não física, pelo menos moral e intelectual, pois renegam a própria individualidade em favor do rebanho idiotizado. Mas, o Culto de Orixá sobreviverá. A religião não é só uma ideologia para ser manipulada ao bel prazer dos radicais, ela se desenvolveu junto com o Homem, surgindo como resultado da ação da consciência humana indagando sobre a realidade, a vida e a morte.
Cada Orixá tem sua manifestação individualizada, porém, dois filhos do mesmo Orixá apresentarão manifestações semelhantes, mas com nuances pessoais. O indivíduo não é suprimido a pelo Orixá, devido não ser uma manifestação inconsciente. Podemos, então, afirmar que nem tudo se resume a um, “Aleluia Senhor”.
O aquecimento global já está ai para mostrar o resultado da desumanização do homem e sua transformação em marionete do consumismo generalizado, tanto de coisas, quanto de religiões que consomem, ao invés de acrescentar ao espírito das pessoas a espiritualidade, e somam preconceitos.
O verdadeiro Culto de Orixá é ecologicamente correto e não agride a Natureza que é respeitosamente cultuada e preservada, ninguém retira uma única folha da floresta, se dela não for fazer uso adequado.
O ser humano é doutrinado desde a infância ao consumismo barato, tornando a moda religiosa de quem busca um Deus que fala aos humanos somente da “riqueza apoiada na fé”.
Desencantadas com os maus sacerdotes (pais e mães de santo com pouca sabedoria), instigadas pelos artistas convertidos, que após anos e anos de comportamento amoral e imoral vêm “dar o testemunho”, e sufocadas pela propaganda e assédio onipresentes, as massas acreditam estar diante de um poder maior.
O Culto de Orixá, talvez só não sobreviva aos seus próprios (mal) praticantes, que ao invés de assimilar e cultuar as práticas tradicionais, milenarmente garantidas pelo lfá, ficam inventando, as vestimentas dos Orixás parecem um desfile de escola de samba; os ebós são criados como num atelier artístico; misturam kétu com jêjê, omolocô, umbanda, pajelança, e acabam nem sabendo quem estão cultuando.
O pior é a arrogância e frivolidade de quem só está “curtindo” a religião dos Orixás e fica desfilando sua vaidade e, dentro deste grupo, os supremos representantes são os seguidores da atualíssima moda que é ser Bàbálawo, ou Awo Ifá que e mais chique. Gente completamente despreparada procura “Bàbálawo profissionais” para obter sua “mão de Ifá” num fim de semana e poder ostentar um titulo vazio.
Títulos conferidos em série a Bàbálawo construídos em linha de montagem, sem qualquer critério, exceto o poder financeiro.
Outros e outras gostam do Culto “para poder usar umas roupas diferentes” e ficar desfilando sua superficialidade.
A Religião dos Orixás talvez não sobreviva também aos seus “seguidores” que ansiosos por aparecer, utilizam a Internet para “criar casos” e poder ficar numa ilusória “crista da onda”.
Gente que tem tempo para denegrir imagens, mas não tem tempo para divulgar as verdades de Orúnmilà, pois encobrem seu profundo desconhecimento do Culto numa agressividade incontida e em tudo semelhante às neo-religiões de massa, que fingem combater.
Ebós
22 de outubro de 2014 09:00 / Deixe um comentário
EBÓ ODU DE OSSA-MEJ I “ISSA”
1 Metro pano vermelho,
1 tigela branca,
1kg de arroz,
99 moedas,
1 orobô.
Procedimento: A pessoa vai em uma praia do oceano que tenha ondas e lá chegando, mistura, com a mão esquerda, o arroz com as moedas. Logo em seguida, a pessoa já está com o morim as costas, pega o orobô na mão esquerda, oferece a ISSA ODÚ NA 9ª onda. Jogue o orobô nas águas, balance o pano vermelho e peça tudo que desejar. Logo após jogue o pano nas águas e venha embora.
EBÓ ODU DE OSSA-MEJI “TERE”
1 alguidá vidrado,
27 moedas,
9 ovos,
9 maças,
9 ovos cozidos,
9 bolas de farinha,
9 bonecos de pano,
9 espigas de milho.
Procedimento: Arrumar tudo bem enfeitado no alguidá, esgarçar as espigas e arrumá-las também. Entregar no mato de um caminho.
EBÓ ODU DE OSSA-MEJI “NISSÓ”
9 palmos de morim vermelho,
1 cabaça,
9 acaçás,
9 bolas de arroz,
9 ovos cozidos,
1 obi,
1 orobô,
9 búzios,
9 conchas,
mel.
Procedimento: Arrumar tudo dentro da cabaça, embrulhar no pano vermelho: levar em uma elevação no mato e levantar bem com as mão se chamar por NISSÓ OSSA MEJI. Pedir tudo que desejar.
Ebó OMO ODU DE OSSA-MEJI “BEKERI”
1 travessa de louça,
1 tainha bonita crua,
9 acaçás, 9 moedas,
9 ovos cozidos,
1 kg de arroz,
9 camarões crus.
Procedimento: arrumar tudo na travessa, o arroz, os camarões, os acaçás, as moedas, os ovos; levá-los em uma lagoa e oferecer ao ODU.
EBÓ OMO ODU DE OSSA-MEII “TEMONJI”
1 saco de morim vermelho,
9 fitas brancas e azuis,
9 obis,
9 imãs,
9 moedas,
deburú (pipoca),
ebô (canjica),
9 folhas de lírio copo-de-leite.
Procedimentos: colocar tudo dentro do saco, levar em um rio limpo, acender 9 velas e chamar pelo ODU TEMONJI OSSA.
EBÓ OMO ODU DE OSSA-MEJI “SAMANDI”
9 folhas de mamona,
9 ovos,
9 acaçás,
9 ekurus,
1 farofa de dendê,
1 frango branco,
1 metro morim vermelho,
mel,
azeite doce,
azeite de dendê.
Procedimento: amassar o inhame cozido, misturar com azeite doce e de dendê, colocar as 9 folhas de mamona no chão, colocar nelas um pouco de farofa em cada uma, 1 ovo em cada uma, 1 acaçá em cada uma, 1 ekuru em cada uma. As folhas são colocadas em forma de ferradura e a pessoa fica dentro dela, ou seja, dentro do circulo; embrulha as folhas, vai passando nas pessoas e colocando no morim. O frango é também passado na pessoa e despachado tudo; o frango vivo e o embrulho no morim do ODU. Tudo isto vai para o MATO, beira rio.
EBÓ OMO ODU DE OSSA-MEJI “LEJÓ”
1 abóbora de pescoço,
9 obis,
9 orobôs,
1 imã,
1 ferradura,
9 búzios,
9 conchas,
9 acaçás,
mel,
ebô (canjica)
Procedimento: abrir a abóbora ao meio no sentido horizontal, colocar nela tudo arrumado; jogar por cima mel.
Nota: despachar em um jardim com vela acesa.
EBÓ OMO ODU DE OSSA-MEJ I “OGBO”
1 igbim branco,
1 obi,
1 orobô.
Procedimento: levar a pessoa no mar em meia noite de lua cheia; olhar o mar e a lua levando o obi e o orobô em cada mão; passa-o no corpo e joga-os nas águas do mar. O igbirn e o pombo, mostre-os a lua e solte o pombo no ar; e o igbim nas águas.
EBÓ OMO ODU DE OSSA-MEJI “NEKERENDE”.
1 cesto,
9 espelhos,
9 bolas de arroz,
9 espigas de milho,
9 acaçás,
1 kg de uma branca,
9 peras,
9 maças,
1 ebô (canjica),
deburú (pipoca),
9 pentes,
9 rosas brancas,
9 obis,
9 búzios,
mel,
1 metro de morim branco.
Procedimento: arrumar tudo dentro do cesto, levar em uma beira de cachoeira, colocar a toalha no chão e arriar o balaio. Oferecer ao ODU ASSA NEKE-RENDE MFJI. Pedir o que desejar.
EBÓ OMO ODU DE OSSA-MEJI “NISSEIÓ”
1 rã,
1 búzio,
1 concha,
1 Vintém,
1 acaça,
9 ovos cozidos.
Procedimento: levar a pessoa na beira de uma lagoa, conversar com a rã e pedir o que precisa. Soltar na água, passar tudo no corpo: o búzio, a concha, o Vintém, o acaçá e os ovos, coloque na beira da lagoa e peça tudo que desejar.
EBÓ OMO ODU DE OSSA-MEJI “OKU”
9 bandeirinhas com morim vermelho, sendo as varinhas com atori de amora,
1 cabaça (com água de cachoeira),
9 imãs,
9 gotas de azogue,
9 búzios,
9 conchas,
9 dandá da costa,
9 moedas.
Procedimento: colocar na cabaça grande tudo que tem de material, ou seja, os imãs, o azogue, as moedas, os dandás da costa. Coloque no mato, na beira do rio do seguinte modo: a cabaça grande no meio, as 9 pequenas em volta a ao lado de cada uma (das pequenas) fincar uma bandeirinha oferecer ao ODÚ.
EBO OMO ODU DE OSSA-MEJI”OBELFSSUN”
1 pote com asa,
9 palmos de morim vermelho,
1 ebô (canjica),
9 bolas de arroz,
9 caixas de fósforo,
9 ekurus,
9 bolas de farinha,
9 moedas.
Procedimento: colocar tudo dentro do pote após passar na pessoa; tampar o pote e despacha-lo em um campo com mato baixo.
EBÓ OMO ODU DE OSSA-MEJI “ONIA”
1 frango branco,
ebô (canjica),
mel,
deburú (pipoca),
1 metro de morim vermelho,
9 côcos,
9 acaçás,
9 velas,
9 bolas de farinha,
9 bolas de arroz.
Procedimento: passar o frango na pessoa e soltá-lo no mato. Arriar no mesmo local o pano, os 9 cocos abertos e dentro deles colocar um acaçá, 1 bola de arroz, 1 de farinha, o deburu e o ebo. Acenda as 9 velas e enfeite a obrigação e venha embora.
EBÓ OMO ODU DE OSSA-MEJI“OBAKARÓ”
1 gamela,
1 ebô (canjica),
9 búzios,
9 conchas,
milho cozido,
9 imãs,
9 moedas,
9 fitas com 9 cores,
mel.
Procedimento: arrumar tudo na gamela, enfeitar com as fitas e oferecer no alto de uma arvore na cachoeira.
EBÓ OMO ODU DE OSSA-MEJI“BENESSÔ”
1 travessa branca,
1 inhame acará cozido,
9 ovos cozidos,
ebô,
9 cavalos marinhos,
1 estrela do mar,
9 acaçás,
9 conchas,
9 búzios,
1 imã,
azogue.
Procedimento: arrumar tudo bem enfeitado na travessa e arriar tudo em um morro que fique de frente para o mar, Peça tudo o que desejar ao ODÚ.
Zé Pilintra
21 de outubro de 2014 11:27 / Deixe um comentário
Fiel à boemia, de um andar solto cheio de ginga, papo despretensioso, sorriso faceiro, vestido de terno branco com gravata e lenço vermelho, assim ele se apresenta na maioria das vezes, em todos os locais onde é Chamado.
Espírito mestre do catimbó igual aos mestres: Carlos, Arigó, Araribóia, etc., Seu Zé Pelintra, trabalha na Umbanda, na linha da direita, na corrente dos baianos e pretos velhos, praticando seu catimbó verdadeiro da Jurema nas rezas, orações e simpatias trazendo paz e prosperidade, fumando seu cigarro, bebendo sua bebida e usando sua tradicional vestimenta, com seu chapéu e sua bengala.
Sem ser muito percebido com as folhas da Jurema branca, proveniente da árvore sagrada, rapadura e outros mistérios ele prepara o “Vinho da Jurema”, bebida usada em seus rituais sagrados, para cura dos males físicos.
Com uma dosagem alcoólica controlada no nível da simpatia, Seu Zé Pelintra é brincalhão, extrovertido e adora dançar, fazendo sempre de sua presença, uma festa, chamando atenção principalmente das mulheres.
Na esquerda, ele fica mais sério, parado sempre no mesmo lugar, observando o movimento ao seu redor, e se veste com um terno preto, uma cartola, bebe marafo, fuma charuto, e muda um pouco sua voz, e usa uma capa preta e trabalha com velas escuras, etc.
Como trabalha muito na linha dos pretos velhos e exus, seu ponto de força maior é na porta do cemitério, suas guias podem ser de vários tipos, desde coquinhos com olho-de-cabra, até vermelho e preto, vermelho e branco ou preto e branco.
Sua imagem fica sempre na porta de entrada dos terreiros, pois ele é quem toma conta das portas, estradas, etc
Odus – Características
20 de outubro de 2014 10:40 / Deixe um comentário
Os odus são admitidos por todas as nações da Umbanda. E não existe nação que não tenha falado de odu, como conhecedor do destino dos seres humanos.
As hierarquias dessa energia seguem uma linha de evolução paralela à dos orixás. Diferenciam-se dos orixás somente por não incorporarem, ou seja, por não tomarem o corpo físico. Evoluem passando por todos os reinos da natureza, individualizam-se no mundo espiritual, e prosseguem no muno físico (material), denominando-se signo dos orixás.
Enfim, os odus são mensageiros divinos que estão presentes no cotidiano a terra entre os homens numa relação de proteção embora nem sempre mútua por parte dos humanos, que, na maioria das vezes lembram-se dos orixás e das forças dos odus só nos momentos de crise e de amarguras, perdendo, assim, a oportunidade de usufruir todos os dias das suas benesses, pois é através dos Odus e Omo odus que ajuda divina dos orixás chegam até nós.
A MISSAO DOS ODUS NA TERRA.
Diz Obatalá, que nós somos os autores de nosso próprio destino, e que os odus não nos salva, sem o nosso consentimento. A vida humana é regulada segundo Obatalá e, sobre tudo, segundo a marcha dos odus que são os soberanos líderes de nossa natureza, desde o primeiro momento em que somos gerados.
Os odus tem uma grande influência sobre nós, e assim, os Babalorisás podem predizer o que a fatalidade nos reserva para o futuro, mas ao lado da fatalidade, existem os ebós que podem modificar o que a fatalidade nos preparou.
Cada um de nós tem nosso odu permanente, que nos acompanha desde o nosso nascimento.
Essa energia considerada os signos dos orixás auxilia-nos contra as forças negativas. É ao nosso odu-ori, que devemos nossa inspiração, talento e nosso dom profético e a cura de doenças.
Eles estão num movimento misterioso no espaço entre o céu e a terra (orun e aye), que nos ajudam a escapar de forças malignas, nos iluminam numa situação obscura, difícil, e nos fazem descobrir a saída de um labirinto complicado.
As tensões do mundo atual poderão ser amenizadas se recorremos a tempo aos odus, recebendo auxílio dos mesmos, que são uma categoria de auxiliares invisíveis.
Os tempos são chegados, um novo sol romperá nos horizontes de um novo ano, com a regência de Ossá.
Todos os zeladores que desejarem, do fundo do coração, com amor e consciência do certo, auxiliar ou contribuir para esta evolução nesta fase de transição que ossá vem apresentar, poderá atrair o lado positivo dessa energia, para terra que será de grande valia, correspondendo, desta forma, ao ideal traçado pelo Deus supremo, Olodumare.
Contudo, são necessários ressaltar que qualquer que seja o tratamento, forças espirituais devem ser ministradas por babalorixás ou yalorixás, uma vez que saibam os cálculos para chegar aos Oduss positivos e negativos de seus consulentes.
Ossa
Ligado diretamente ao elemento fogo, ele é o odu da criação demorada, porém com raízes fortes e seguras. Quando em negativo, toma-se relaxado em suas atividades e permite que a evolução sofra danos na maioria das vezes até reversíveis.
Ossá tem uma influência primária: o desvio normal desenvolvendo a independência, a originalidade e os impulsos inventivos no sentido de um desvio dos padrões normais e das respostas normais. Ossá rege o pó, a poeira, sobras, as folhas secas e sempre esta preso em tudo o que é seu.
Ossá representa
A necessidade que temos de conquistar ou reconquistar a liberdade. É o impulso e o desejo de liberdade. A necessidade que temos de reestruturar o que esta obsoleto, rejeitando os modelos arcaicos. A necessidade de quebrar os modelos tradicionais e descobrir novas formas mais liberais.
Atividades Relacionadas
– Engenharia elétrica
– Eletrotécnica
– Eletrônica
– Computação
– Rádio
– Telefonia
– Atividades associadas com o cooperativismo (as cooperativas, associações e sindicatos)
– Astrologia
– Pesquisa Científica
Traços Positivos.
Originalidade, inventividade, inconvencionalismo, qualidade de ser progressista, independência, intuição, capacidade de falar claro e com franqueza, capacidade de experimentar, criatividade e capacidade para ações pioneiras e reformistas.
Traços Negativos
Excentricidade, irraticidade, fanatismo, anormalidade esdrúxula, intolerância, impaciência, grosseria, agressividade, perversidade, anarquismo, irresponsabilidade, licenciosidade, tendência de ser ditatorial, impiedoso, cruel, explosividade, aversão de ser controlado, necessidade de chorar os outros.
Enfermidades
Fraturas, distensões musculares, paralisias temporárias, poliomielite, lesões traumáticas, desordens espasmódicas, irritações nervosas, câimbras, desmaio de fundo nervoso, nevralgias, desordens sexuais (hermafroditismo), deslocamento de útero, paranoias, palpitações, insanidade, psicoses, mal de Parkinson, problemas respiratórios de origem nervosa.
Ossá e suas Simbologias
-Orixá: Oya/Iemanja/Aje
-Cor: Vermelho
– Número: 9
– Representa: A compaixão
-Regência: Marte
-Dia da Semana: Quarta-feira
-Mês: Setembro
-Estação: Inverno
-Pedra Preciosa: Coral
– Elemento: Fogo
-Metal: Cobre
-Planta: Manjericão
-Horário – Das 03:00hs às 05:00hs
Obaluiaê – História e lendas do Orixá que se cobre de palha.
14 de outubro de 2014 10:41 / Deixe um comentário
Obaluiaê – História e lendas do Orixá que se cobre de palha.
Xapanã (Senhor da Varíola), Obaluaiê (Rei, Senhor da Terra), Omulú (Filho do Senhor), Ainon (Senhor da Terra) e Jeholú (Senhor das Pérolas).
Nascido em Empê, no território Tapá, também chamado de Nupê, percorria o céu e os quatro cantos do mundo, com sua tropa. Era um guerreiro terrível e temido por todos e aqueles que se opunham à sua passagem eram massacrados sem piedade.
Obaluaiê é o orixá ligado ao elemento terra, detentor de seus segredos, senhor das doenças e da morte, representado pelas três cores primitivas do universo, que são o vermelho, o preto e o branco, detendo os três tipos de sangue, ou axés, que existem na natureza, patrono dos cauris e do conjunto dos 16 búzios, lidera e detém o poder dos espíritos e dos ancestrais, oculta sob os saiotes o mistério da morte e do renascimento. Ele é a própria terra que recebe nossos corpos para que vire pó.
Apesar de ser um guerreiro temível e temido, é também conhecido como orixá da humildade, senhor da doença, médico dos médicos, filho primogênito de Oxalá com Nana, dotado de grande criatividade e timidez, precursor da caridade, da humildade e do desapego material. Grande pensador que andava pelos reinos semeando a sabedoria, médico dos pobres, senhor absoluto de todas as doenças de pele e infecciosas.
Obaluaiê é um orixá muito próspero, mede a sua riqueza em cântaros, conta uma lenda que os Mahis souberam de sua chegada iminente em suas terras, apavorados, consultaram um adivinho, que lhes falou “O Grande Guerreiro chegou de Empê! Aquele que tornará esta terra rica e próspera! Se o povo não aceitar, ele a destruirá! É necessário que supliquem que os poupe. Façam-lhe muitas oferendas, todas as que ele goste! Será necessário também que todos se prostenem diante dele, que o respeitem e o sirvam. Logo que o povo o reconheça como pai, ele não combaterá, mas protegerá a todos!”.
Quando Obaluaiê chegou, conduzindo seus ferozes guerreiros, os habitantes de Savalú e Dassa Zumê reverenciaramno, encostando suas testas no chão, e saudaram-no: “Totô hum! Totô hum! Atotô! Atotô!” “Respeito e Submissão”. Obaluaiê aceitou os presentes e as homenagens, dizendo que durante suas viagens, desde Empê, sempre encontrou desconfiança e hostilidade. Pediu para construírem um castelo que ali ele viveria, instalando-se assim em Mahis. O país prosperou e enriqueceu.
Outra lenda, conta que Obaluaiê chegando de viagem à aldeia onde nascera, viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os Orixás, mas com a sua medonha aparência não podia entrar na festa, então ficou espreitando pelas fretas do terreiro.
Ogum, ao perceber a angústia do Orixá, cobriu-o com uma roupas de palha, com um capuz que ocultava seu rosto doente, e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos.
Apesar de envergonhado, entrou, mas ninguém se aproximava dele. Iansã que acompanhava tudo que estava acontecendo e compreendia a triste situação de Obaluaiê,esperou que ele estivesse bem no centro do barracão, onde o Xirê estava animado, então Iansã chegou bem perto dele e soprou levantando sua roupa de palha que cobriam sua pestilência. Naquele momento de encanto e ventania, as feridas de Obaluaiê pularam para o alto, transformando-as numa chuva de pipocas, que se espalharam brancas pelo barracão, transformando-o num jovem belo e encantador.
Xangô um dia convidou os orixás para uma festa. Havia muita fartura e todos estavam felizes. No meio da festa, eles se deram conta da ausência de Obaluaiê, que não tinha sido convidado. Temendo sua cólera, os orixás decidiram ir ao seu palácio, todos juntos, levando o que comer e beber. Era necessário pedir desculpas, fazê-lo esquecer a indelicadeza.
Obaluaiê aceitou a homenagem, mas fez chamar a todos os habitantes de sua cidade para participar com ele do banquete.
Orixá Olooke
13 de outubro de 2014 10:00 / Deixe um comentário
Apresento a todos o culto de um orixá pouco conhecido no Brasil.
Orixá Olooke é muito pouco conhecido no Brasil, seu culto chegou ao Brasil por volta do ano de 1856 quando da fundação do “Terreiro do Oloroke” em Salvador pelos africanos Baba Irufa cujo nome Brasileiro era José Firmino dos Santos e Adebolu cujo nome lendário era Maria Bernarda da Paixão conhecida pela alcunha de Maria Violão, isto, por ser uma negra de um corpo com bonitas formas. Maria Violão já veio da áfrica iniciada para o orixá Olooke, da cidade de Ekiti Efon. Até 1936, quando ela teve seu desencarne o Asé Oloroke de Salvador festejou Olooke com todo o ritual de Ekiti Efon e de toda a região Ijesa sendo que o ritual feito atualmente no Ase Oloroke de Bauru é idêntico ao que era realizado no Terreiro de Salvador, matriz de todos os Efon do Brasil, até 1936.
Todo o ritual que era praticado em honra de Olooke no Terreiro de Oloroke em Salvador e que continua a ser praticado no Terreiro do Oloroke de Baum tem ainda a mesma forma em terras Yoruba e até a data do inicio do festival que dura 7 dias é a mesma acontecendo simultaneamente.
Entre os orixás e os Ebora existe um chamado Orisa-Oke.
Entre todos os Oke existe um mestre muito importante de nome Olooke, o dono e senhor das montanhas e anteriormente existiam vários outros Oke junto com ele. Eles também são muito importante e não se deve brincar com eles, pois são a justiça acima de qualquer coisa. Sua importância se deve muito ao fato de que todos os orixá que chegaram no tempo da criação, desceram na terra por intermédio de Olooke, pois Oke foi a primeira ligação entre ode-orun e Õde-aiye, sendo que ele foi a primeira terra firme, uma montanha que elevou-se do fundo do mar a pedido de Olodumare (este escrito faz parte de um longo itan do odu Ofun meji, muito conhecido no Ekiti).
Sem Olooke nenhuma divindade teria chegado na Terra e sendo ele a primeira terra firme, sempre se deve recorda-lo e fazer-lhe oferendas, pois o que aconteceria se ele resolvesse voltar para Okun. Epa mole.
Olooke é a colina, tudo que é elevado e alto, a lava vulcânica também lhe pertence e é a divindade de todas as montanhas da Terra, sendo ainda a força e o guardião de todos os orixás, é inseparável de Obatala e muitas vezes fala por sua boca agora quero esclarecer aqui que Olooke é um orixá com costumes próprios e independente de qualquer Orixá não sendo Oxalá, nem Xangô e nem tão pouco Iroko, como afirmam algumas pessoas. Sua árvore de culto principal é o “Ataparaja”, árvore que nasce na região do Ekiti no alto das montanhas. A árvore Ose (Baoba) é também sua representação e seu arbusto de culto, pois a grandiosidade do Baoba, sua altura, sua magnitude, idade de até 6000 anos que pode Viver, sua solidez faz dela uma das árvores escolhidas por Oloke para seu culto. No Brasil por não existirem estas árvores passou-se a cultuar Oloke ao pé da gameleira branca que serve de culto também para Iroko, e daí começou a confusão que se faz entre estes dois orixás distintos.
Assim como Oxumare se encanta em uma cobra Olooke se encanta em um Leão.
Olooke é um imonle que está na Terra desde os tempos da criação.
Olooke come uma comida feita com as folhas do Ataparaja sempre acompanhado de muitos Igbin.
“Apenon”, cargo da casa de Olooke, é quem sai à sua frente empunhando um grande atori ou Isan com o qual ele afasta as pessoas e abre o caminho para que o orixá passe. Pois ninguém deve tocar em Olooke apenas os homens do Egbe.
As mulheres ficam durante o festival todo na posição de Joko ( agachadas) e não podem olhar jamais o rosto de Olooke, elas são consideradas as escravas de Olooke e uma mulher nunca poderá iniciar um Olooke , mas elas podem ser iniciadas para ele.
Quando Olooke sai para sua festa, as mulheres fazem o ato do “Iborun n ló” que podemos ver onde elas jogam seu pano da costa no chão para que o orixá passe por cima e só as mulheres podem entoar a cantiga que segue:
“Laye Olugban
Iborun a ló
Oro nló.
Laye aresa
Iborun a ló
Oro nló
Oria e lota de lota de
Atare a lokolosun
Fa doko iki kó
Eleda iluram
Em’ a bó o
Eleda iluran
Aí a festa segue com mulheres agachadas sem olhar para o orixá e os homens é que dançam com ele e fazem um sire de mais 60 cânticos.
Temos que falar também sobre o tambor que se toca para Olooke que é o tambor d”agua acompanhado do tambor de vento e muito agogô, aliás existem cânticos dele que só se toca no agogô.
Ao meio do xire, temos um cântico que ao ser entoado todas as pessoas anciãs são convidadas para dançar, esta cantiga louva os mais velhos da terra entre eles Olooke e só quem tem mais de 60 anos é que pode dançar com Olooke esta cantiga.
Mais um ritual deverá ser feito pelas mulheres, o ritual do “FORISA PE”. Todas saem de um quarto de santo carregando talhas de água na cabeça e uma a uma vem dançar a frente de Olooke que neste momento senta-se em seu trono, é um momento de muito awure e outros orixá poderão chegar para o festejo que já caminha para o final. São entoadas mais cantigas para Olooke dançar e finalmente é cantado um orin onde ele está se despedindo do festival e só voltará novamente no próximo ano. Ele retira-se do barracão ao som de um toque genuinamente Efon que é chamado de “Ekiti”.
Olooke é o rei de todo o Ekiti, aliás, Ekiti quer dizer montanhas esplendorosas e estando Efon dentro do Ekiti esta leva o nome de Ekiti Efon e Olooke é também o rei desta cidade Africana e desta nação no Brasil. Além de um rei, Efon também tem uma Rainha pois foi na cidade de Ekiti Efon que nasceu Osun e assim Osun é a grande Rainha do Efon-ijesa.
Oloke é o guardião de muitos povos no Ekiti, e lá estão localizadas as maiores rochas onde se praticam seu culto. As mais notáveis destas rochas e montes ficam nas cidades de Ekiti-Efon, Ikere-Ekiti e Okemesi-Ekiti. Nobres entre eles são os montes de Ekiti-Efon no limite ocidental com o estado de Osun e próximo a Osogbo, Ikere-Ekiti na parte sul, e montes de Ado-Ekiti na parte central.
O festival Anual de Olooke leva o nome de “OJOKEREGEDE”.
Ajè Saluga
10 de outubro de 2014 11:31 / 2 comentários em Ajè Saluga
A jê Saluga é o orixá que protege as grandes fortunas, e por isto é adorada por todas as, pessoas possuidoras de grandes fortunas. É representada por uma concha grande chamada Ajê e por outras dezesseis menores a sua volta representando a mãe rodeada de sua crias, símbolo da reprodução e multiplicação. Leva também um ota colhido no oceano, vinte e um ide de cobre duzentos e um búzios e muitas moedas. A vasilha continente de seu assentamento pode ser, dependendo do odu que apareça, um alguidar grande e branco, uma grande bacia de louça ou em uma gamela de madeira branca, mas tudo depende do odu da pessoa para à quem é assentada. Ajê tem que ter uma representação em três Ile:- uma é o igba Ajê saluga que deve ficar ou no quarto de Osala ou no quarto de Sango tudo dependendo do odu que rege; uma outra representação deve ficar na casa de Exu com o assentamento do Esu Obasinlaje ou Esu Odara e finalmente uma representação na casa de Egun, no Ile Ibo Aku.
Na África é muito cultuada pelas pessoas possuidoras de negócios e comércio. É o orixá da riqueza.
Aje Saluga se espalhou por toda a terra Africana e foi uma mulher que todos gostavam de ouvir falar, pois, falava da antiga sabedoria egípcia com seus mistérios e grande conhecimento dos movimentos e da natureza.
A saudação para Ajê Saluga é “Ajê o Ajê o” e sua visita a uma casa traz mais desenvolvimento e riqueza a todos da casa.
Aje Saluga além de ser o orixá da riqueza e da abundância é também relacionada à saúde.
Em ocasiões importantes quando grandes quantidades de dinheiro são gastos é costume (em terras africanas) se dar gritos de “Aje O, Aje O” o que implica que tais gastos são possíveis graças à benção do orixá e tais ocasiões dão uma demonstração concreta de sua generosidade. Encontrar uma grande concha no caminho é considerado um signo de muita boa sorte.
Ajê Saluga simboliza para o povo Yoruba o poder de ganhar e obter dinheiro para uma vida sem dificuldade e com prosperidade extensiva a toda a sua família.
Quando uma pessoa está em uma situação precária, endividada é aconselhado que assente ou trate de Ajà Saluga.
Para que os poderes de Aje Saluga se sinta, ao se assentar Ajê o iniciado tem que ter alguns assentamentos já preparados de alguns orixá que são: Esu Obasinlaje, Orunmila, Osonyin, e logicamente seu Igba Ori que deve ficar próximo de Ajê e além destes o local onde vai ficar Ajê tem que ter Sango ou Orisanla. É por isto que dificilmente se Vê um omorisa que tenha esta divindade assentada e o veremos mais assentada para
Babalawo ou Babalorisa.
Ajê é um orisa cheio de tabus e que pode perder seu encantamento quando tais tabus não são levados a sério. Um dos mais importantes tabus é que só pode manusear e tratar dos axé de Aje Saluga a pessoa que a recebeu, sob pena e risco de se perder todo o encantamento quando este orixá é cuidado por uma pessoa que não é a que a recebeu.
Outro tabu importante é que mulheres não podem por a mão em Aje Salu ga, pois quando isto ocorre perde-se o poder de Aje Saluga uma vez que todas as mulheres têm poder de Yami. Por este motivo não se deve deixar entrar no ambiente onde vive Aje, pessoas que não sejam de inteira confiança daquele que tem Aje Saluga.
Aje Saluga é a filha mais nova de Olokun e é também a irmã caçula de Yemoja
Aje tem o poder sobre as marés, as ressacas, as ondas, e as catástrofes que ocorrem quando o mar invade a terra e destrói o que encontra a sua frente.
Olokun teve nove filhas, sendo Yemoja a mais velha e Aje Saluga a mais nova das Olokun. Olokun também dividiu os segredos dos mares com suas nove filhas, mas não deixou que nenhuma soubesse do segredo que a outra sabia e assim nenhuma delas conhece por completo o segredo de Olokun.
Ogã – Os senhores da Umbanda
8 de outubro de 2014 10:32 / Deixe um comentário
A palavra ogã é de origem Jêjê (waon) mais se popularizou e é usada em todas as nações da Umbanda para designar o homem que é o guardião e auxiliar com muitas funções junto ao zelador ou zeladora das divindades. Existem muitas duvidas em relação à feitura do ogã, mas as funções são geralmente iguais na maioria dos terreiros. Antes de qualquer coisa, o candidato a se tornar um ogã da casa deve conquistar a confiança e a simpatia do chefe da casa; passando por várias etapas a começar pelo jogo de búzios, a pessoa espera ansiosa pelo dia do seu apontamento que é feito pela própria divindade. O apontado ou suspensão e quase sempre um dia de festa do santos ao qual o leigo em questão será guardião. O orixá manifestado no zelador ou num ebomi da casa, dirige-se até a pessoa que será apresentada como o futuro membro da comunidade no cargo de ogã; a divindade o pega pelo braço e o apresenta em seguida alguns ogãs já veteranos o suspende numa cadeira e o leva nos quatro cantos da sala, e em seguida o senta para as devidas congratulações dos membros, que estão alegres por mais uma escolha do santo de um novo filho e pai. Tudo isso é feito com o som dos atabaques e cânticos próprios. A primeira etapa foi cumprida e o futuro ogã se prepara para sua feitura, onde deverá custear a festa e zelar pela divindade que o escolheu, se for Ogun ele deverá sair do ronco, geralmente com o Ogun do pai ou da mãe de preferência no dia da sua festa. Em algumas nações sua preparação na Umbanda ocorre num tempo mais curto do que os que se recolhem para raspar a cabeça, que entram em transe (manifestação do santo), quase sempre é de 8 e 14 dias, e os que manifestam as divindades e de 21 à mês. Não incorpora o santo ou qualquer outra entidade, passam por muitos fundamentos (bori, ebó, oro, entre outros). Sua feitura denomina-se de confirmação ou seja, ele não raspa a cabeça, pois não entra em transe, a própria divindade a qual foi consagrado e que vem num ato de preceito confirmar o seu ogã, isso acontece na maioria das casas de tradição da Bahia. Mas existe também o caso daqueles que são raspados e passam pelo mesmo processo dos vodumeis (aqueles que incorporam o santo), nesses casos são geralmente filhos de pais e mães de santo que prepara no para poder sucedê-lo no futuro, ou por algum motivo o jogo ou o santo determina a raspagem. Cada caso é um caso a ser analisado; mas o ogã em todas as nações de candomblé é auxiliar direto do zelador. No caso de herdar a casa, ele sempre vai contar com a ajuda de um (a) vodumei para auxilia-lo em muitos preceitos, e demais tarefas.
Existem casas de candomblé com o regime patriarcal que na falta de pai de santo (vodumeis homens), preparam um determinado ogã para sentar ao posto, este caso temos como exemplo a casa do Bate-Folha, onde há esse costume.
Os ogãs não jogam búzios e não ser algumas exceções feitas por motivos já explicados no último parágrafo. Funções de ogãs Alabe (ketu), Xicararngoma (Angofla), Runto (Jêjê), são tocadores de atabaques, que no Umbanda se chamam de tabaqueiros ou curimbeiros, Axogum (Ketu), Tata Poko (Angola), Pejigam (Jêjê) são os encarregados dos sacrifícios dos animais e em outros casos o zela pelo quarto onde mora as divindades que recebem o sacrifício. Na nação Jêjê o runto, pejigam cuidam das noviças que estão baldas (desmaiados), antes de entrarem para os quartos.
Os ogãs são os guardiões dos terreiros, ajudam na manutenção. No passado muitos Umbanda na época da perseguição policial não foram profanados devido a influência de muitos ogãs ligados ao terreiro.
A união não fará só a força, mas a diferença!
7 de outubro de 2014 12:05 / Deixe um comentário
Meus amigos, como todos sabemos, as pessoas sempre se identificam umas com as outras. E por varias razões, como por exemplo: raça, cor, sexo, profissão, time de futebol, e também, pelo motivo que julgo mais importante: a Religião!
A fé que habita em cada um de nós é particular. Ela cresce, se solidifica com os anos, molda nosso caráter e cria comportamentos que irão nos diferenciar por toda nossa vida.
Eu me refiro a essa fé que nos leva a praticar nossos rituais em louvor aos Orixás e nos impulsiona a desenvolver, com a máxima dedicação e pela melhor forma, os trabalhos com nossas Entidades.
Com certeza, as razões que movem cada um de nós, seguidores da Umbanda, são as mesmas razões que me conduzem até minha Tenda/Terreiro todas as semanas. E é esse sentimento, é essa obrigação moral que une a todos nós em tomo de nossa Religião.
Nesse aspecto, eu acredito, sem nenhuma sombra de dúvida, que há um elo de ligação entre mim e todos os meus irmãos da Religião Umbandista.
Nossos interesses são os mesmos: praticar o bem, levar conforto aos nossos semelhantes que se encontram em estado de aflição, distribuir a caridade, semear a paz, espalhar amor, ter tolerância, agir com confiança, compreensão, buscar a integração e combateras injustiças.
É isso tudo que nós faz IRMÃOS.
Mas tenho uma dúvida: se essas razões são suficientes para nos unir, para nos fazer irmãos, por que é que nós, da Umbanda, ainda não temos uma significativa representação política?
Sinceramente, não posso crer que um Irmão, da Umbanda, confie em qualquer outro e não em um Umbandista, a ponto de fazer dele seu representante político.
Não creio. Prefiro acreditar que não temos uma efetiva representação política apenas porque nunca nos mobilizamos. Espero que isso acabe aqui, porque, com certeza, agora é hora de mudar!
É chegada a hora de nos mobilizarmos, nos unirmos para mostrar nossa força! A força da nossa Fé. A força que nos levará a ter representação e voz! Tudo como que merecemos e necessitamos!
E porque há essa necessidade?
A importância à política se justifica cada vez que a Umbanda é atacada por outras religiões, pelo poder público ou por entidades civis. São muitas as formas de discriminação que nós enfrentamos mas, isoladamente, nem todos os umbandistas possuem condições de lutar contra elas de forma efetiva e real.
É por essa razão que escolhemos nossos representantes na Câmara Municipal, na Assembleia Legislativa, na Câmara Federal e no Senado. Para que o nosso segmento da sociedade seja representado e tenha voz, para nos defender, lutar por nós, impor e exigir o respeito que é devido à Religião Umbandista e a cada um de nossos Irmãos da Umbanda!
Os outros segmentos da sociedade civil e religiosa já possuem sua bancada nas esferas legislativas acima, cada uma cuidando de seus interesses, sendo atuantes e respeitadas. Por que a Umbanda não? Por que ainda não temos um Vereador, Deputado Estadual, Deputado Federal ou Senador que possa afirmar que está alinhado com outros parlamentares que professem a Fé Umbandista?
Até ternos políticos, que tem um trabalho em prol da nossa querida Religião. Mas ainda são poucos, ficam isolados, trabalham sozinhos.
E são muitas as ações a serem promovidas pelos parlamentares umbandistas que envolvem a defesa da cultura afro-brasileira também na sua face religiosa. Impõe-se a criação de leis que protejam a Religião e sua prática nas Tendas/Terreiros contra todo tipo de abuso. Queremos a regulamentação dos cultos e dos locais sagrados para sua realização; a disseminação da Religião em todas as frentes!
Por isso precisamos de mais!
Precisamos, queremos e, com certeza, a partir dessas eleições teremos mais. Mais pessoas engajadas na mesma causa e, sem dúvida, a união não fará só a força, mas a diferença! E nos dará a representação que hoje ainda não existe.
Se até aqui alguma coisa nos faltou, foi só mobilização e organização para termos a necessária representação, pois trabalho existe. E ele não tem fim! Por isso estamos nos unindo em torno de um só ideal. Ideal que não é só meu, nem somente seu, ou de apenas alguns de nós.É um ideal da Família Umbandista E, portanto, é o ideal de todos nós!
E para a realização desse trabalho, necessitamos de pessoas qualificadas para realizá- lo. E quando digo qualificadas, o faço pela Umbanda, por todos os Irmãos da Umbanda, e proponho que a nossa união se mostre agora, com a eleição de Irmãos Umbandistas, pois estes é que saberão exatamente o que fazer em seu nome.
Esse é o grande diferencial! É entender que só um umbandista genuíno pode conhecer nossas necessidades e ter força para satisfazê-las plenamente, não se deixando abater pelas vicissitudes e dificuldades do caminho.
Precisamos identificar e reconhecer, entre os nossos verdadeiros irmãos, aqueles que abraçaram com o coração a missão de difundir a paz, o amor e a caridade, através de ações políticas, posso responder, com tranquilidade, pois a Umbanda possui membros iluminados. Pessoas que nasceram ou que foram trazidas para a Religião a fim de se desenvolverem e assim ajudar aos outros.
São essas pessoas que fazem grandes sacrifícios, que são reconhecidas por seus irmãos e que não só inspiram uma confiança inabalável, como também são fontes de conhecimentos a serem seguidos.
A afinidade que um umbandista pode ter por outro é baseada nesses ditames, nesse modo de viver, na sua conduta pessoal e pública. Tais condições justificam a confiança política necessária para fazermos que um irmão se torne um representante eleito, comprometido e interessado em defender a Umbanda.
Uma pessoa que tenha fé, equilíbrio e confiança na missão que dele se exige pode conseguir realizar grandes obras espirituais e transforma-las em benefícios para toda a Religião.
E mais, uma pessoa comprometida desde criança com a Religião umbandista, conhecedora de nossos rituais, sabedora de nossas dificuldades e engajada toda sua vida em benefício da Religião, certamente estará mais afinada com os interesses da Umbanda.
Dedicação a caridade na Umbanda
6 de outubro de 2014 10:28 / Deixe um comentário
Nosso amor os Orixás nos fez chegar ate aqui, e continuar sempre.
O Templo possui um cadastramento de 150 famílias carentes que residem na região, onde são visitadas pelos membros, para fornecimento de cestas básicas, não só no período do Natal, brinquedos e roupas para todos os familiares e principalmente para as crianças desta residência. Ao decorrer do ano, continua fornecimento de cestas básicas, material escolar às crianças de 0 a 10 anos, e auxilio junto aos demais órgãos da saúde, defesa e cidadania. Ajuda a dependente químicos todo sábado de cada mês, na corrente do Caboclo Quebra Galho, na linha de Oxossi.
No período de inverno, toda terça-feira, fornecimento de sopa aos moradores de rua, curativos, cobertores e demais vestimentas; Diariamente a presença de membros no Templo devido a grande procura de necessitados não só por alimentos, vestimentas e sim por uma palavra amiga e de otimismo.
As caridades ofertadas pela casa são de extrema importância a todos os âmbitos, pois não se trata somente de ajuda espiritual e material, mas sim apoio a adeptos de outras religiões, que necessitam de atos mais elaborados e todo material a ser utilizado, é doado pelos demais membros. Os donativos recebidos mesmo fora do período natalino ou demais datas comemorativas, são fornecidos às outras casas beneficentes.