Características dos Filhos de Ibeji
27 de junho de 2016 09:57 / Deixe um comentário
Seus filhos são pessoas com temperamento infantil, jovialmente inconsequente, nunca deixa de ter dentro de si a criança que já foi. Costuma ser brincalhona, sorridente, irrequietas, tudo enfim que se possa associar ao comportamento infantil. Muito dependente nos relacionamentos amorosos e emocionais geralmente, se revelando teimosamente obstinado e possessivo. Ao mesmo tempo sua leveza perante a vida se revela no seu eterno rosto de criança e no seu modo ágil de se movimentar, sua dificuldade em permanecer muito tempo quieto, extravasando energia. Apresenta bruscas variações de temperamento, e certa tendência a simplificar as coisas, especialmente em termos emocionais, reduzindo as vezes, o comportamento complexo das pessoas que estão em torno de si a princípios simplistas como “gosta de mim” ou “não gosta de mim”. Isso pode fazer com que se magoem e se decepcionem com certa facilidade. Ao mesmo tempo, suas tristezas e sofrimentos tendem a desaparecer com facilidade, sem deixar grandes marcas. Gosta de estar no meio de muita gente, das atividades esportivas, sociais e das festas.
Segundo a lenda os Ibejis são filhos paridos por Iansã, mas abandonados por ela, que os jogou nas águas. Foram abraçados e criados por oxum como se fossem seus próprios filhos. Doravante, os Ibejis passam a ser saudado em rituais específicos de Oxum e, nos grandes sacrifícios dedicados à deusa, também recebem oferendas.
Ibeji são os opostos que caminham juntos ou seja, a dualidade de todo ser humano. Ibeji mostra que toda a coisa, em toda a circunferência, tem dois lados e que a justiça só pode ser feita se as duas medidas forem pesadas, se os dois lados forem ouvidos
Ibeji esta ligado em todos os rituais, pois assim como Exu, se não for bem cuidado pode atrapalhar os trabalhos com suas brincadeiras infantis, desvirtuando a concentração dos membros da nossa casa de santo.
Linha dos CIGANOS.
20 de junho de 2016 11:11 / Deixe um comentário
Os Ciganos inicialmente se manifestaram na Umbanda dentro da Linha do Oriente. Mais tarde, vieram como Linha autônoma e com um campo especializado de atuação, que se volta muito para a magia visando à prosperidade, à união das famílias, ao amor, à cura, à quebra de magias negativas, à superação de preconceitos e de traumas e bloqueios emocionais.
A Linha dos Ciganos tem a Regência dos Orixás Egunitá (ou Oroiná, que inclusive é sincretizada com Santa Sara Kali, a Padroeira do Povo Cigano), Logunã e Iansã. A Linha traz o arquétipo de um povo muito antigo e místico, de alma livre, desapegado e, por isso mesmo, capaz de atrair a prosperidade no campo espiritual e material e de ensiná-la a quem precise.
Popularmente, se pensa que os Ciganos eram apegados a joias e metais preciosos, mas o que ocorre é que esses valores eram de fácil transporte para eles, que eram nômades, e assim procuravam ter meios de subsistência. O desapego e o senso de liberdade aparecem na sua maneira de viver, que é sustentada em suas crenças, tradições e na valorização da família. Nunca se envolveram em disputas por domínio ou conquistas.
Os Ciganos são grandes conhecedores da magia, alegres, amantes da natureza, muito voltados para a família, serenos e sábios conselheiros. São especialistas em preparar remédios com raízes, folhas, pós e pomadas. São portadores de uma Energia que favorece muito a prosperidade, pois estimula nas pessoas um sentimento de liberdade, de amor e celebração da vida, bem como o desapego, fatores indispensáveis para se atrair a ”boa sorte” e “a fortuna”.”
Compreendendo melhor a “UMBANDA BRANCA”.
13 de junho de 2016 10:33 / Deixe um comentário
A Linhagem e ramos da Umbanda, dentro do contexto da própria Umbanda, existe o termo UMBANDA BRANCA que é primórdio desta religião, cheia de cores, rituais distintos e cultura própria; acima de tudo, muito amor ao próximo, sendo explicada pelas denominações: FÉ, ESPERANÇA e CARIDADE!
Muito se fala em não utilizarmos sub-denominações quando nos referimos a religião de Umbanda.
A Umbanda é, sem dúvida, uma religião única, ou seja, tem uma base ÚNICA, uma ESSÊNCIA PRÓPRIA e seu nome já diz: UM (única) BANDA (lado, parte), porém, dentro da sua singularidade, existem particularidades que diferenciam as diversas instituições quando se diz respeito à sua forma de praticá-la.
No Astral encontramos a “manifestação do espírito para a caridade”, falada pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas em 1908. E isso pode ser observado até mesmo nas casas que não creem que o nascimento da Umbanda foi em Neves – Niterói/RJ.
Esta religião nasceu como um grito de liberdade para os espíritos que não poderiam manifestar nas correntes kardecista por serem rotulado como selvagem ou ignorantes pela reencarnação que passaram em sua ultima vida…Uma religião onde que sabe um pouco mais ensinaria aos que sabem menos e no final todos aprenderiam e assim evoluiriam, tanto aos irmãos encarnados ou desencarnados, pois esta era a vontade de Deus Pai todo Poderoso!
No Astral veremos também a presença, sempre marcante, dos Caboclos; Pretos Velhos; Erês; Compadres e outras entidades, a base filosófica e ritualística da religião, com suas formas bem típicas de trabalhar.
Teríamos outras observações a serem colocadas dentro do Astral, do UM da BANDA, mas não podemos deixar de relatar que, assim como aconteceu com outras religiões, a Umbanda cresceu, durante um tempo até de forma desordenada, e, com esse crescimento, novas formas de atuação, visão e conhecimento foram surgindo. Lembrando que a religião umbandista não tem um livro base, uma única direção literária, ou mesmo uma administração central que rege suas diretrizes ritualísticas, como ocorre em outros segmentos como o Católico e Espírita, temos, como principal fonte de informações, os ensinamentos baseados no conhecimento das entidades manifestantes nos milhares de terreiros pelo Brasil e mundo afora e a tradição oral somada ao conhecimento adquirido de cada sacerdote em sua vida religiosa, pré e pós seu acesso ao culto umbandista. Se levarmos em conta que cada espírito tem sua individualidade (não existem dois seres idênticos no universo) fica fácil perceber o porquê destas diferenças entre as casas, mesmo dentro de uma base similar. Se lembrarmos que cada entidade tem um grau de conhecimento e elevação espiritual próprios, essas diferenças ficam ainda mais fáceis de serem identificadas. Tudo isso sem esquecer que tratamos com mentores de linhas, falanges e bandas que muitas vezes, em nada ou quase nada se assemelham, tanto nas diretrizes de trabalho, como nas especialidades.
Tudo isso foi colocado, para mostrar que o referido artigo não tem a pretensão de indicar que este ou aquele segmento é o correto, que este ou aquele fundamento é o único, muito pelo contrário, mas sim, o de levar aos irmãos desta maravilhosa religião, um pouco sobre uma das partes que se une a esse conjunto: a Umbanda Branca.
Umbanda tem cor? Na maioria das vezes, essa é a primeira questão colocada, quando se tenta falar em Umbanda Branca. A resposta, do ponto de vista energético, é: claro que tem, e não é só branca, mas sim, a Umbanda vibra em várias cores, dependendo do trabalho realizado.
Então, porque usar o termo “Branca”? O que fez com que esse termo fosse o escolhido? Simples: o branco representa a paz, a limpeza (física e espiritual) que todos procuram num templo religioso. É a cor de Oxalá, que nos cultos que possuem influência afro, é tido como o Orixá Maior. É também a cor que significa justamente a união, pois lembramos que o branco surge exatamente da conjunção das cores. A mesma ainda tem relação com a força que o culto vai trabalhar: a MAGIA BRANCA, que cura, abre caminhos e traz a harmonia aos seres da Criação Divina. Aliás, o termo, Linha Branca de Umbanda não é algo recente, pois vem desde as primeiras décadas do culto no Brasil.
Por essa explicação, caem por terra algumas teorias de adeptos que não praticavam essa linhagem, mas que, mesmo a distância, indicavam que a mesma seria uma forma preconceituosa de atuar na religião, chegando alguns, inclusive, a mencionar que a mesma seria uma Umbanda de brancos, onde não se permitia a presença de negros em seu ritual. No mínimo, uma colocação, infeliz, até porque isso contradiz com o que é a própria Umbanda, uma religião miscigenada, que tem como mentores, principalmente, os espíritos de negros e de índios ancestrais. A Umbanda Branca tem e sempre terá espaço para todos aqueles, encarnados e desencarnados, que queiram praticar a caridade, dentro dos padrões ritualísticos que a mesma tem em seus fundamentos básicos, afinal, esse é um dos lemas da Umbanda.
Suas características: muitos indicam que a Umbanda Branca é aquela que não trabalha com Exu, não tem atabaque, não usa fumo. Usar apenas isso como descrição pode ser um engano, pois, tudo vai depender do fundamento de cada casa. Mesmo em terreiros que seguem uma prática similar, dificilmente encontraremos dois centros que trabalham exatamente da mesma forma, até porque, como já foi dito, cada mentor tem identidade, grau de evolução e conhecimento próprios.
Existem casas que aboliram tudo: atabaques, imagens, fumo, colares e guias, etc., mas existem as casas de Umbanda Branca que utilizam umas coisas e aboliram outras.
Entre as principais características que poderiam mostrar que a instituição é da chamada Linhagem de Umbanda Branca, é:
– não ter em seus rituais a ingestão de bebidas alcoólicas pelas entidades manifestadas em excesso, somente o necessário;
– não adotar o uso de fumo pelas entidades ou, quando utilizado, sempre é de forma moderada, nunca ultrapassando os limites do uso especificamente litúrgico e se necessário.
– não cobrar atendimento espiritual em hipótese alguma, seja passes, consultas ou trabalhos especiais;
– não praticar sacrifício de animais (dar corte);
– não fazer trabalhos que venham prejudicar terceiros, trabalhos amorosos ou com interesses mesquinhos.
– ter a preocupação em levar conhecimento do evangelho cristão e da doutrina umbandista;
– quando possível, praticar ações sociais ou assistenciais;
– não utilizar ou utilizar muito pouco, vestimentas ou paramentos que fujam ao branco ritualístico das vestes;
– não realizar rituais característicos dos cultos de nação, como recolhimento em camarinhas e catulagem.
– respeito ao meio ambiente e zelar por ele.
– pode ainda ter influências marcantes tanto do espiritismo kardecista, como do catolicismo (devido a sua base essencialmente cristã), além de absorver conhecimentos da cultura oriental, especialmente no trato das questões sobre espiritualidade e energia.
No mais, a Umbanda Branca tem tudo aquilo que qualquer outra segmentação umbandista tem, pratica e utiliza, pois como foi dito, a mesma também faz parte do Astral que nos envolve e assim todas religiões é regida pelo criador que é Deus.
Ainda assim, pode ter aquele irmão ou irmã que vai perguntar: se existe Umbanda Branca, porque não encontramos a Umbanda Negra? Bom, se a prática dentro da instituição for mesmo umbandista, não se praticará nada que se refere à Magia Negra. Se praticar, não é Umbanda, portanto, é obvio que não existe Umbanda Negra.
Então todas as Umbandas são Brancas? Do ponto de vista da Magia utilizada, sim. Ritualisticamente, não, pois existem outras segmentações dentro deste mesmo UM da BANDA, todos voltados à prática umbandista, com seus rituais similares entre si, porém, também com suas particularidades.
E quanto ao nome, à denominação; porque utilizá-la se somos todos da mesma BANDA, deste caminho, do UM que nos leva a Deus?
Simplesmente para mostrar aos confrades, irmãos de fé e simpatizantes qual é a ritualística de cada tenda, de cada templo. Isso facilita a compreensão tanto dos membros das instituições, como, principalmente, dos muitos que procuram os terreiros em busca de auxilio ou de um direcionamento religioso. A Umbanda é uma colcha de retalhos que tem sua força exatamente nesta diversidade, pois sempre tem uma porta aberta para todas as pessoas que a procura. E aquele que não se identifica com uma casa, cedo ou tarde se encontrará espiritualmente em outra.
Olhando bem, veremos que teremos em todos os núcleos, um pouco de cada subdivisão, mas o que faz com que associemos um centro umbandista, lembrando sempre que fazemos parte de um conjunto global e similar de rituais, é a maior ou menor quantidade de características desta ou daquela denominação.
Assim, além da Umbanda Branca, que é essencialmente cristã, evolutiva e doutrinária (relembrando que todas as tendas usam desta força: a magia de amor e paz, a energia da magia branca) encontramos algumas influências marcantes, denominadas: Umbanda Tradicional (muito embora todas as tendas devem e muitas procuram manter a tradição para não perdermos nossa raiz, muito embora cada uma tenha novas visões do conjunto ritualístico), a Umbanda Esotérica (mesmo que todas as casas possuam um pouco de esotérico em seu ritual, desde o uso de sinais, incensos e outras coisas mais), a Umbanda Cabalística (o ponto riscado utilizado pelas entidades de todos os terreiros é uma expressão típica dos cultos cabalísticos), a Umbanda Sagrada (a Umbanda por si só é sagrada, não é mesmo?), a Umbanda Mista (o umbandista da maioria das casas saúda as energias divinas ou seres de alta elevação, independente da forma de visualizar essas forças, chamadas de Orixás, bem como utiliza termos próprios dos cultos de raiz africana), entre outras formas de se praticar a CARIDADE e o AMOR AO PRÓXIMO, preconizados dentro de cada terreiro, unindo conhecimentos diversos, numa mesma base filosófica e religiosa, ou seja, neste mesmo UM que une todos nós nesta BANDA, que acima de tudo é DIVINA e que tem, como principal objetivo, elevar nossos padrões de conhecimento e grandeza espiritual.
Umbanda é Umbanda, independente das diretrizes tomadas, mas é, acima de tudo, a religião que nos dá a certeza que somos todos filhos de um mesmo PAI, seja ele chamado de Zambi, Olorum, Tupã ou Deus.
Linha dos Baianos
6 de junho de 2016 09:02 / Deixe um comentário
A Linha dos Baianos da Umbanda engloba espíritos de antigos Sacerdotes da Bahia e de outras regiões, tendo a Regência direta do Orixá Iansã. Também tem uma ligação com os Orixás Oxalá e Logunã, já que seu Arquétipo (Sacerdotes) diz respeito a questões da Fé e da Religiosidade.
Esta Linha foi criada justamente para homenagear os antigos Pais e Mães no Santo da Bahia, que foram os primeiros a trabalhar, e muito, para a preservação e a divulgação do culto aos Orixás em nosso país e enfrentando, à época, toda sorte de dificuldades e preconceitos.
A Linha engloba espíritos voltados para a missão sacerdotal ligados não são à Bahia, mas a todo o Nordeste do nosso país. Muitos viveram ou passaram parte de sua vida em Estados dessa região, em contato com os Mestres do Catimbó e da Pajelança.
Manifestam-se de forma alegre e movimentada e gostam de uma boa conversa. São firmes, parecem “feitos de fé”. E não se cansam de louvar “o Senhor do Bonfim”.O Povo Baiano vem ao Terreiro para nos trazer seu axé, sua energia positiva, e têm muito a nos ensinar, sempre com uma resposta certeira e rápida para as nossas dúvidas e questionamentos.
Na sua forma de trabalhar, trazem muito das Qualidades de Mãe Yansã: são bastante ativos, movimentadores, irrequietos, despachados e descontraídos. Sua dança tem movimentos característicos, com gingados, “pisadas” e giros que dissolvem as energias densas acumuladas no ambiente e nas pessoas.
Também são bons orientadores e doutrinadores, porque a missão sacerdotal do seu Arquétipo tem ligação com Pai Oxalá e Mãe Logunã (Fé e Religiosidade).Sabem ouvir, dar bons conselhos e levantar o ânimo dos entristecidos.Neste caso, conversam bastante, falando baixo e mansamente, transmitindo conforto e segurança ao consulente. São consoladores por natureza.
Os Baianos nos contagiam com suas energias de alegria e de firmeza e nos ensinam a perseverar diante dos obstáculos, através da sua magia peculiar e das suas brincadeiras sadias. Médiuns introspectivos, quando incorporados de seu Baiano (ou Baiana) acabam se libertando e demonstrando alegria e descontração.E todos nós podemos aprender com os Baianos. Seu magnetismo é forte. São “decididos” ao ponto de nos fazer sentir mais leves e animados. O que nos leva a tomar um novo rumo na vida e a obter conquistas espirituais e materiais.
Seu magnetismo, entre outras coisas, estimula cada pessoa a não estagnar diante dos problemas, a não lastimar, mas agradecer pela vida e ir em frente; a confiar em si e na Providência Divina e montar um plano de ação para começar a resolver pendências; a cuidar bem de si mesmo, manter bons sentimentos e pensamentos firmes, através de orações, banhos, rezas etc. (reza de Baiano é infalível!…); não olhar só “pro umbigo”, ou seja, fazer alguma coisa em benefício dos mais necessitados, e lembrando que a maior ajuda é saber ouvir com respeito, dar uma boa palavra, fazer uma oração na intenção do necessitado,”