RELIGIÃO: O QUE SE DEVE ESPERAR?
28 de agosto de 2017 07:49 / Deixe um comentário
Um dos objetivos de uma religião é fornecer os métodos para que seu fiel tenha um contato com o divino (religare) e de prestar uma ajuda emergencial a quem bate à sua porta, principalmente se essa ajuda for de ordem religiosa.
Muitas pessoas procuram uma religião porque estão passando por um momento difícil. Isso não é o ideal, mas é o que mais acontece. Quando nos encontramos perdidos ou em uma grande dificuldade, se temos alguma noção de espiritualidade, logo recorremos a ela, procurando conforto, amparo, cura de problemas, etc. E normalmente, quando conseguimos essa ajuda, pouco tempo depois, abandonamos a religião por já estarmos em uma zona de conforto.
A religião tem também o objetivo de ajudar, mas quando procuramos uma religião só para nos livrarmos de algum problema que nos incomoda no momento, temos que ter em mente que seremos auxiliados dentro das possibilidades disponíveis a nós, ou seja, dentro do que for permitido pela lei maior e pela justiça divina e dentro do que for do nosso merecimento e dentro da nossa necessidade, e nossa necessidade, na maioria das vezes, não é aquilo que queremos.
Quase tudo que se passa na nossa vida é reação de nossas próprias ações. E, muitas vezes, as dificuldades que passamos são processos necessários a nossa própria evolução, são dramas que acontecem em nossas vidas para que possamos evoluir e aprender com aquela situação. Por isso, muitas vezes, nos frustramos quando procuramos a espiritualidade e não recebemos aquilo que queremos no momento, ou seja, não temos um resultado imediato aos nossos anseios, ou para aquilo que julgamos que seja nossa necessidade.
Vivemos, na maioria das vezes, de forma desequilibrada, passando anos nesse estado, e quando adoecemos, seja fisicamente, “energeticamente” ou mentalmente, queremos uma solução imediata a um problema que demoramos anos para causar em nós mesmos. Por esse e outros motivos que, na maioria das vezes, não conseguimos receber aquilo que queremos de forma rápida, pois é difícil reverter um desequilíbrio causado de forma lenta e gradual.
No caso da Umbanda, em particular, muitas pessoas esperam milagres dos guias. Às vezes, vivemos uma vida totalmente desequilibrada, movida a vícios e ansiedades não resolvidas, e queremos simplesmente que o guia mude tudo em um estalar de dedos.
Mas se a pessoa não faz nada para mudar a si mesma, como que o guia mudará a vida da pessoa? Muitos acham que a Umbanda é um balcão de milagres, mas a realidade é bem diferente, pois se queremos realmente mudar algo em nossa vida, então, o primeiro passo é começando a mudar a nós mesmos, seja em que sentido for.
O guia “nos guia”, nos auxilia, nos orienta, mas quem vive a nossa vida somos nós, nós é que devemos caminhar. O guia nos estende a mão quando estamos caídos, mas é o nosso gesto de estender a mão de volta que nos tirará do chão, e, depois, quando estivermos de pé novamente, cabe a nós sacudir a poeira e seguir em frente. Não é função do guia nos carregar no colo.
Não esperemos que as coisas caiam do céu, porque é preciso ter merecimento, e, para ter merecimento, é necessário trabalhar. Então, se esperamos que as coisas melhorem para nós, a religião nos auxiliará, nos orientará, trará conforto, equilíbrio e força para que nós façamos o trabalho, e, aí sim, tenhamos crédito por algo que nós realizamos.
Então, o que esperar de uma religião? Que ela irradie em nós o sentido da Fé, para acreditarmos em nós mesmos, no criador, e para trabalharmos e seguir em frente. Que ela irradie em nós o Amor, para que possamos olhar os nossos semelhantes e o planeta de uma maneira mais fraterna. Que ela irradie em nós o Conhecimento, para possamos adquirir sabedoria, que é o entendimento e a compreensão do conhecimento que adquirimos. Que ela irradie em nós a Justiça, para que tenhamos equilíbrio e bom senso. Que ela irradie em nós a Lei, para que tenhamos ordem em nossas vidas e uma conduta mais digna. Que ela irradie em nós a Evolução, para que possamos crescer de forma consciente, sempre procurando um estágio evolutivo melhor. Que ela irradie em nós a Geração, para que tenhamos sempre respeito pela criação divina e, assim, possamos aplicar esse divino fator criador em todos os sentidos de nossas vidas.
SAUDAÇÕES AOS ORIXÁS E ENTIDADES!
21 de agosto de 2017 07:38 / Deixe um comentário
Oxalá – Epa epa Babá! (yorubá). “Epa epa (exclamação de surpresa, grande admiração pela honrosa presença); Babá (pai)”.
Omulu/Obaluaie – Atoto! (yorubá). “Atoto (Silêncio) – Silêncio! Ele está entre nós!”
Oxóssi – Okê arô! (yorubá). “Okê (monte); arô (título honroso dado aos caçadores) – Salve o grande Caçador!”
Oxum – Ora iê iê ô ! (yorubá) . “Salve a Senhora da bondade!”
Ogum – Patakori Ogun! (yorubá) ou ainda, Ogunhê! “(brado que representa a força de Ogun) pàtàki (principal); ori (cabeça) – Muita honra em ter o mais importante dignitário do Ser Supremo em minha cabeça!”
Yemanjá – Odô-fe-iaba! (yorubá) ou ainda, Odô iá! “Odô (rio); fe (amada); iyàagba (senhora) – Amada Senhora do Rio (das águas)!”
Xangô – Kawô Kabiecile! (yorubá). “Ká (permita-nos); wô (olhar para); Ka biyê si (Sua Alteza Real); le (complemento de cumprimento a um chefe) – Permita-nos olhar para Vossa Alteza Real!”
Iansã – Eparrê Oiá! (yorubá). “Eparrê (saudação a um dos raios do Orixá da decisão); Oyá (nome por que é conhecida Iansã) – Saudação aos majestosos ventos de Oyá!”
Ibêji – Oni Beijada! (yorubá) ou ainda, Beji, Beijada! “Ele é dois!”.
Nanã – Saluba Nanã! (yorubá). “Salve a Senhora Mãe de todas as Mães”.
Preto Velho – Adorei as Almas!
Caboclo – Okê, Caboclo! “Salve o Grande Caboclo”
Boiadeiro – Xetro marrumbaxetro! Xetruá! Significação desconhecida. Figuração onomatopéica.
Exú – Laroyê exú! (yorubá) ou ainda, Exú é mojubá!. “Saudação amiga à Exú”; móju (viver à noite) bá (armar emboscada) – “Exú gosta de viver a noite, sempre capaz de armar emboscadas”.
O que é ectoplasma?
14 de agosto de 2017 08:44 / Deixe um comentário
O ectoplasma é a parte da célula que fica entre a membrana e o núcleo, ou a porção periférica do citoplasma, conforme vos explica a ciência acadêmica. Entre os espíritas é geralmente conhecido como um plasma de origem psíquica, que se exsuda principalmente do médium de efeitos físicos e algo das outras pessoas em comum. Quando os espíritos desencarnados podem dispor dele em bastante quantidade, então o usam para a produção de fenômenos mediúnicos como levitação, ruídos, materializações, voz direta, moldes de parafina, composição de flores etc., após combinarem-no com outras substâncias extraídas do reservatório oculto da Natureza.
O ectoplasma apresenta-se à nossa visão espiritual como massa de gelatina pegajosa, ou substância albuminóide, branquíssima e semiliquida, que se exsuda através de todos os poros do médium, mas em maior porção pelas narinas, pela boca ou pelos ouvidos, pelas pontas dos dedos e ainda pelo tórax. Os longos cordões ectoplásmicos que se formam por esses orifícios serpenteiam em movimentos ondulatórios. Não é substância que possamos seccionar ou manusear sob absoluta independência dos médiuns, os quais, mesmo em transe completo, ligam-se mentalmente a esse prolongamento vivo, inquieto e influenciável até pelos assistentes.
Os trabalhos de efeitos físicos exigem um cuidadoso tratamento por parte dos espíritos operadores, pois o ectoplasma do médium é elemento fácil de ser contaminado pelos miasmas e certos tóxicos que invadem o ambiente pela imprudência ou descaso de alguns freqüentadores dos trabalhos mediúnicos. Trata-se de substância delicadíssima que, na realidade, situa-se entre o perispírito e o corpo físico. Embora seja algo disforme, é dotada de forte vitalidade, motivo pelo qual serve de alavanca para interligar os planos astralino e físico.
É matéria viva do próprio médium que, pela sua vontade, admite a intromissão dos espíritos amigos e benfeitores quando a usam para fins proveitosos; no entanto, caso se trate de criatura desregrada, os espíritos inferiores e malévolos podem assenhorear-se dessa energia acionável pela vontade desencarnada, causando perturbações nos trabalhos de efeitos físicos ou mesmo fora do ambiente mediúnico.
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- o Espírito, é a centelha ou a Luz Imortal sem forma;
- O Perispírito, abrange o corpo mental que serve para pensar;
- O corpo astral, que manifesta a emoção, os desejos, os sentimentos;
- O Duplo Etérico, com o sistema de “chacras”ou centros de forças etéricas (isto é, o corpo transitório de éter físico e situado entre o perispírito )
- E o corpo físico, o qual se dissolve depois da morte do homem; Corpo Físico, como a derradeira peça a ligar o Espírito imortal ao mundo material.
Incorporação!
7 de agosto de 2017 07:26 / Deixe um comentário
Incorporação é a “posse” da entidade comunicante da parte psicomotora do aparelho mediúnico, que se dá pelo afastamento de seu corpo astral e completa apropriação de seu corpo etérico pelo corpo astral do Guia ou Protetor espiritual, que servirá como mediador quase perfeito para seu corpo físico, que fica inerte, à disposição do novo “proprietário”. Nesse caso, o invólucro material do médium fica cedido para a atividade mental do preto velho ou caboclo, que poderá manifestar-se à vontade como se encarnado fosse. É muito rara a inconsciência total nessa forma de manifestação. O mais comum na mecânica de incorporação é uma espécie de sonolência letárgica, ficando o “aparelho” imobilizado em seu poder mental e, conseqüentemente, na parte motora, mas com semiconsciência de tudo o que ocorre e havendo considerável rememoração após o transe. O Guia ou Protetor espiritual não “entra” no corpo do médium como muitos pensam. O que ocorre é que há um afastamento do corpo etérico, sendo este, sim, tomado como se fosse um perfeito encaixe, que é programado no Plano Astral antes da reencarnação.
Os aparelhos que labutarão na linha de Umbanda diferem dos demais, pois, antes de reencarnarem, tiveram uma polarização energética em seus corpos astrais que os habilitará a trabalhar quando na vida física com as comunidades do Umbral Inferior e com fluidos mais densos. São verdadeiras usinas de ectoplasma, e na sua maioria têm um leve afastamento do corpo etérico, como se fosse uma janela vibratória que fica sempre aberta. Nesses casos, a mecânica de incorporação faz-se necessária para que o Guia ou Protetor espiritual possa manipular com maior precisão todos os fluidos envolvidos nos processos de cura, não só os do aparelho, mas também os da natureza. Afora esses aspectos, os próprios corpos físico e etérico do médium tornam-se os principais agentes de cura e são fundamentais para os trabalhos das entidades ligadas à Umbanda e ao magismo da natureza.
Isso de maneira alguma os coloca em um mediunismo rudimentar e tais comparações denotam certo ranço vaidoso, como se houvesse um intercâmbio mais aperfeiçoado que outro. Não encaremos a mediunidade como se fosse veículo automotor de que a cada ano sai novo modelo, mais moderno e com recursos avançados.
Assim é o médium moralizado, de conduta reta, que faz a caridade desinteressada como o Cristo-Jesus praticava, qual motorista cuidadoso com as normas que o cercam e que respeita o cidadão que o acompanha, seja a pé, em carroça puxada por jumento ou em possante e veloz máquina corredora.