Amarração amorosa – adoçamento ou pacto URGENTE

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Estrutura do movimento umbandista.

Fala-se muito da umbanda como sendo um “movimento de expressão por meio de diferentes rituais”. Isso ocorre porque não existe uma codificação que a ampare, fazendo prevalecer um modelo doutrinário que promova a uniformidade entre os terreiros. Ao mesmo tempo em que a umbanda permite que as lideranças espirituais criem ritos, conforme a orientação de seus guias e o compromisso cármico evolutivo mantido com eles, é alvo de constantes conflitos, em razão das divergências apresentadas entre a infinidade de terreiros existentes, quando se compara esses fundamentos.

Sendo um movimento direcionado do Astral para a Terra, é difícil concordar com modelos pré-estabelecidos que apresentam a umbanda com um número fixo de linhas vibratórias por orixás, impondo formas de apresentação das entidades que labutam na sua seara. Podemos afirmar que a umbanda não é uma religião mediúnica engessada, estratificada, como se fosse um exército que só pode trabalhar com este ou aquele espírito, desde que se manifestem nas formas de caboclos, pretos velhos e crianças, quantificando-se o número de espíritos que a compõem por linha, legião, falange e sub-falange.

Quando analisamos esses fundamentos, verificamos que exaltam-se a forma e minimizam-se a essência umbandística que o caracteriza como um movimento caritativo mediúnico de inclusão espiritual, e nunca de exclusão. A natureza cósmica não é rígida e imutável, e sim flexível e em constante transformação. Por exemplo: as formas de apresentação dos espíritos que se classificam como exus são as mais diversas possíveis, descartando-se a imposição de que somente caboclos, pretos velhos e crianças são “entidades de umbanda”, embora reconheçamos que são as principais, sem desmerecer nenhuma outra ou dar uma conotação de superioridade sobre as demais, pois sabemos que formam uma espécie de triângulo fluídico que sustenta o movimento do Astral para a Terra.

Na verdade, antes de ser anunciada para os habitantes da Terra pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, a umbanda já existia no Espaço, congregando uma plêiade de espíritos comprometidos com a universalidade do amor pregado por Jesus que, nos seus primórdios, se apresentavam através da mediunidade basicamente como caboclos e pretos velhos, por se ligarem às raças excluídas do mediunismo pelo preconceito do movimento espírita da época. Essa situação demonstra um atavismo milenar dos espíritas que nada tem a ver com o espiritismo, doutrina libertadora por natureza.

Infelizmente, ainda hoje, entidades que se apresentam como negras e índias são proibidas de manifestarem suas culturas e suas peculiaridades em muitos centros espíritas, como se os espíritos fossem exatamente iguais, como robôs: todos de raça branca, médicos, advogados, filósofos judaico-cristãos e ex-sacerdotes católicos, de fala padronizada (uma vez que decoram as obras básicas), com jeito choroso de pregador evangélico e idêntica compreensão do Além-Túmulo. Seria um parâmetro artificial, porque logo constatamos, no decorrer do exercício da mediunidade, que a maioria dos espíritos não são “espíritas”, pois apresentam enorme diversidade de entendimento espiritual, no qual predomina diferentes filosofias e religiões que convergem em direção às verdades universais consagradas no espiritismo, e existentes muito antes da recente codificação kardequiana, que formaram suas consciências desencarnadas ao longo da história planetária. Reflitamos: se os gomos de uma mesma laranja são diferentes, assim como os anjos e querubins o são, em relação uns aos outros e a Deus, o que esperar dos mentores e guias que “descem” à crosta para nos auxiliar?

Não vamos impor rituais ou fundamentos, neste desinteressado livro, como é da índole dos nossos amigos espirituais, nem quais são as sete principais linhas vibratórias da umbanda, já que elas variam de terreiro para terreiro e todos fazem a caridade. Sabemos que as falanges espirituais são agrupamentos de espíritos afins a determinados orixás (não os incorporamos na umbanda e trataremos deste tema em capítulo a parte) que possuem semelhante vibração e compromisso caritativo: pretos velhos, caboclos, exus, crianças, baianos, boiadeiros, marinheiros ciganos, orientais das mais diversas etnias, entre outras formas e raças relacionadas à evolução humana no orbe.

É importante esclarecer algumas dúvidas mais comuns quanto à formação das falanges na umbanda. Numa determinada falange pode haver centenas de espíritos atuando com o mesmo nome, aos quais denominamos de falangeiros dos orixás. A falange de Cabocla Jurema, por exemplo, é constituída de milhares de espíritos que adotam este nome, como se fossem procuradores diretos da vibração do orixá Oxossi. Então, sob o comando de um espírito, existe uma quantidade enorme de outros espíritos que se utilizam dessa mesma “chancela” ou “insígnia” – uma espécie de autorização dos Maiorais que regem o movimento umbandista e que identificam os que já adquiriram o direito de trabalho nas suas frentes de caridade no orbe. Na verdade, quando um médium incorpora uma Cabocla Jurema, ele se enfeixa na falange que tem uma vibração peculiar. Por isso, pode ocorrer a manifestação de centenas de caboclas juremas ao mesmo tempo, pelo Brasil afora, inclusive dentro de um mesmo terreiro.

Quantas vezes ocorrem- sérios conflitos em um terreiro porque certo médium começa a manifestar uma entidade com o mesmo nome do guia do dirigente. Aí começam os ciúmes, as vaidades feridas, e gradativamente o médium “abusado” começa a ser desacreditado em sua mediunidade, como se uma determinada entidade fosse propriedade de alguém na Terra. Devemos estudar mais, observar melhor o plano astral e o que os espíritos do “lado de lá” têm para nos ensinar. Vemos muitos “sacerdotes” despreparados, fazendo coisas porque sempre foram feitas de determinada maneira, ou mesmo proibindo os trabalhadores da corrente de se instruírem por meio da leitura, o que é algo semelhante à “caça às bruxas” do tempo da Inquisição, que retorna atavicamente em algumas personalidades detentoras de poder religioso.

Considerando que é possível um mesmo espírito atuar em diversas falanges com mais de um nome, de acordo com sua missão e evolução espiritual, percebemos o quanto é grande o nosso apego às entidades que nos assistem quando ouvimos corriqueiramente a seguinte afirmação de muitos médiuns: “meu guia”, “meu caboclo”, “meu exu”. Na realidade, eles é quem nos escolhem do “lado de lá”. A opção sempre parte do mundo espiritual. Quantas vezes nos achamos privilegiados por ter como guia o caboclo mais forte, quando ele está se manifestando bem ao nosso lado, no médium mais simples e prestativo do terreiro, como um humilde pai velho, por não encontrar mais no seu antigo aparelho o campo psíquico livre da erva daninha que é a sorrateira vaidade.

Da mesma forma, um espírito pode estar atuando manifestado mediunicamente em vários aparelhos ao mesmo tempo, numa diversidade de terreiros. É possível a certas entidades vibrarem numa espécie de multiplicidade vibratória (ubiqüidade), pois as distâncias e o tempo do “lado de lá” diferem em muito do plano físico. Imaginemos uma mesma fonte geradora de eletricidade que alimenta muitos fios que levam a energia para vários bairros. A mesma força que entra na mansão de João, entra no casebre de José, na choupana de Maria, na casa do feirante, no apartamento do médico, sendo a origem fornecedora a mesma, ainda que mude a luminosidade e a cor aos nossos limitados olhos.

Concluindo este item referente à estrutura astral do movimento umbandista, esclarecemos a quem acusa a umbanda de personalista que raramente uma entidade atuante em nossos terreiros se prende a uma encarnação específica e a revela aos filhos da Terra, pois entendem que esses detalhes são de pouca importância diante da gigantesca caridade que têm de prestar. A humildade, como bem recomenda a espiritualidade de umbanda, dispensa histórias romanescas de personalidades distintas do passado, a exemplo de ilustres tribunas, sacerdotes, centuriões e senhores da lei. Nossos guias bem sabem que os conhecimentos desses feitos servem apenas para exaltar um médium diante de uma comunidade.

É surpreendente o fato de personagens famosos de outrora estarem humildemente por trás de uma aparência de caboclo, como acontece com doutor Bezerra de Menezes, e inúmeros outros espíritos, a exemplo de Joana de Ângelis, que se apresenta com a vestimenta de uma vovó mandigueira do Congo velho africano. Apelamos aos companheiros de todas as frentes mediúnicas que deixemos os sectarismos de lado e permaneçamos distantes de nossas atitudes orgulhosas e superiores perante os irmãos que optam por doutrinas diferentes das que abraçamos. Vamos nos respeitar fraternalmente.

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Exu nas linhas de trabalhos espirituais – Umbanda.

A Umbanda tem em Exu uma de suas linhas de trabalhos espirituais, assim como as tem na linha de Caboclo, Preto-Velho, Crianças, Baianos, Boiadeiros, Marinheiros e Sereias, todas regidas pelos Orixás.

Saibam que o Mistério Exu é polêmico justamente porque atua de forma negativa e sempre magística. Mas, para entendê-lo realmente, temos que voltar ao passado e à sua origem, onde foi “humanizado” e começou a atuar de forma direta na vida dos seres.

Na África, Exu ainda é tido como uma divindade da mesma estatura que os Orixás, é muito respeitado e temido, pois sua natureza dúbia e seus modos tortos de dar solução a um problema confundem quem recorre a ele.

Normalmente, durante os cultos, primeiro saúdam Exu com cantos, pedem sua proteção e depois o despacham com uma oferenda (o padê de Exu), onde lhe são servidos seus alimentos rituais.

Esse é um procedimento geral, além disso, toda casa de culto deve ter seu assentamento de Exu, no qual foi assentado o Exu da casa ou correspondente ao Orixá de cabeça do sacerdote que a dirige.

Isso é norma e é correto. Assim foi estabelecido como regra de procedimento em relação ao Mistério Exu.

Mas Exu tem um vasto campo de atuação dentro do culto aos Orixás, pois é tido como o mensageiro das ordens e vontades deles, que não se comunicam diretamente com os encamados.

Exu “fala” através dos búzios e revela os odus no jogo divina tório onde é o intérprete qualificado para tanto, e aceito por todos como tal.

Mas ele também atua como elemento mágico e pode ser coloca do em ação através de uma oferenda depositada numa encruzilhada, num caminho, etc., sempre em acordo com o objetivo que se deseja alcançar.

Ele, se não curar uma doença, certamente mostrará a quem o invocou e oferendou como curá-la ou a quem deverá recorrer para ser curado.

Se não puder solucionar uma pendência, mantê-la-á em suspenso até que surjam as condições ideais para encerrá-la.

Se não puder auxiliar a pessoa a conseguir o que pediu, certa mente a ajudará na conquista de algo parecido.

Tudo isso é Exu no culto tradicional aos Orixás, realizado na África. Mas também recorrem a ele para muitas outras coisas, porque jamais esgotaram seus mistérios ocultos, todos ativáveis através de oferendas rituais e de magias com elementos materiais.

Como a Umbanda é uma religião e, como todas as outras, tem seu lado cósmico, ativo e punitivo, então o centrou em Exu e seu oposto complementar feminino, e os elegeu como mistérios responsáveis pelo esgotamento de carmas ou débitos com a Lei Maior, expandindo seus campos de ação e atuação, tanto na magia quanto na vida dos seres.

Saibam que toda religião tem tanto seu lado luminoso (positivo e amparador) quanto seu lado escuro (negativo e punidor).

Com a Umbanda não poderia ser diferente, já que é um dever de toda religião dar o amparo aos seus adeptos e estimulá-los a evoluir, como também deve puni-los, através de seus recursos cósmicos, caso eles se desviem da conduta tida como correta pela sua doutrina.

Toda religião possui essa dupla função, porque todo fator de Deus tem seu duplo aspecto, sendo uma parte positiva e outra negativa.

A parte positiva dos fatores divinos é gerada e regida pelas divindades luminosas irradiantes e positivas. Já a parte negativa deles é gerada e regida por divindades cósmicas, absorventes e negativas.

E mesmo a parte positiva ou negativa tem sua dupla polaridade, sendo um polo ativo e o outro passivo.

Saibam que a parte negativa de um fator divino é absorvida por criaturas que são regidas pelos instintos e possuem uma natureza instintiva. Já a parte positiva de um fator é absorvida pelos seres nacionais, cuja natureza é racionalista.

A associação que fazem entre certas espécies de animais e os Orixás tem seu fundamento na bipartidade de um fator. Então dizem que tal espécie de animal é de Oxalá, outra é de Ogum ou de Xangô, etc. E o mesmo se aplica à hereditariedade dos seres, pois uns são filhos de Oxóssi, outros são filhos de Xangô, etc., tudo por terem sido gerados numa qualidade de Deus cujo fator, seu Orixá, é um gerador e irradiador natural .

Bem, o fato é que todo Orixá é uma divindade, e tanto tem como atribuição o amparo aos seres quanto a punição dos que não se deixarem conduzir segundo os princípios divinos, dos quais ele é seu regente natural.

Oxalá rege os princípios “religiosos” da fé, e todo ser que se conduzir segundo eles estará sob sua irradiação luminosa e será amparado pelo seu mistério divino da fé. Mas se este mesmo ser se desvirtuar e afastar-se de sua irradiação luminosa, automaticamente estará sob a irradiação punitiva de seu mistério, e quem irá atuar em sua vida será uma divindade cósmica, cuja atribuição natural é refrear os seus instintos, contrários ao racionalismo religioso.

Esta divindade cósmica, que é punidora, não é ruim ou má em si mesma, mas tão somente acolhe em seu campo de atuação negativo, sem luz e cor, e saturado de energias desmagnetizadoras os seres que se desvirtuaram dos princípios da fé. Seu magnetismo absorvente é tão poderoso, que simplesmente desmagnetiza e congela o espírito que afrontou os princípios da fé.

Saibam que este Trono cósmico não é um Exu natural, mas, sim um Trono regido pelo “Tempo”.

Só que disso, nem o mais sábio dos intérpretes das lendas dos Orixás tem ciência, porque este mistério era fechado e só agora, através da Umbanda Sagrada, ele está sendo aberto.

Só este Trono cósmico do Tempo lida com os aspectos negativos do fator religioso, gerado e irradiado por Oxalá.

“A lenda nos diz que Exu ‘se assentou’ do lado de fora da casa de Oxalá e com ele aprendeu muito, pois era muito observador.”

Interpretando esta parte da lenda de Exu, temos: Exu não se assentou dentro da casa de Oxalá (o templo) porque, para lidar com os aspectos negativos desse Orixá, só assentando-se ao lado dele, assim Exu aprenderia e conheceria seus mistérios punidores ou cósmicos.

Ou temos: os mistérios punidores de Oxalá não estão dentro de sua casa (o templo), mas sim no lado de fora (no tempo). E se Exu desejava possuí-los para poder atuar como elemento mágico e agente cármico, tinha que renunciar à sua natureza de andarilho (os caminhos) e assumir a de Oxalá (a paciência, a perseverança e a resignação), pois só assim conquistaria a confiança de Oxalá.

Sintetizando, temos isto: “Oxalá está no íntimo de cada um e irradia-se através dos sentimentos de fé. Já seu aspecto punitivo está no exterior (o emocional), onde Exu assentou-se e cuida de punir todos os seres desequilibrados, pois teve a paciência de aprender com o próprio Orixá da fé”.

Portanto, o Mistério da Fé (Oxalá) já existia antes do advento do Mistério Exu, que é o elemento mágico e agente cármico com poder suficiente para lidar com os aspectos negativos da fé e aplicar sua punição aos seres desequilibrados.

Mas isso dentro do universo religioso dos Umbandistas, pois em outras religiões outros elementos mágicos e agentes cármicos lidam com os aspectos negativos do Trono da Fé e aplicam as punições no campo religioso.

Estudem as outras religiões e descobrirão quem são esses ele mentos e agentes. Capeta, Diabo, Lúcifer, Ferrabrás, Belzebu, etc. são alguns nomes bastante populares, só que mal interpretados, pois transferem para eles os erros, as falhas e os pecados dos espíritos que se rebelam, revoltam ou desvirtuam os princípios da fé.

Atentem bem para o que aqui revelamos, pois antes de Exu “aprender” com Oxalá como lidar com os aspectos negativos da fé, já existia um Trono cósmico, sombrio, absorvente e punidor, que os aplicava em nível geral, e continua aplicando, assim como sempre os aplicará. Mas no nível do universo dos Orixás “africanos”, Exu aprendeu como aplicá-los no nível local (uma religião) e no nível individual (um ser), tanto no campo da magia quanto no cármico (paralisador do desvirtuamento dos princípios religiosos e executor dos seres desvirtuados nos aspectos da fé).

“Às lendas faltou uma interpretação menos humana, épica e poética e mais científica, religiosa e divina.”

Saibam que o Orixá Exu é uma divindade cósmica que gera e irradia um fator que vitaliza os seres, e por isso foi associado à sexualidade humana como “manipulador” do vigor sexual. Seu símbolo fálico já é um indicador eloquente de seu mistério original.

Mas o “vigor” de Exu não se aplica só à sexualidade, pois o vigor está em todos os sentidos da vida de um ser que, ou é vigoroso na fé, no conhecimento, no amor, na lei, etc., ou se tomará apático, desinteressado e pouco curioso acerca da criação divina.

Exu é esse vigor que ativa todos os sentidos de um ser, o estimula e vitaliza até mover-se e buscar algo novo, em todos os campos. Certo?

Exu tanto gera e irradia o fator vigor quanto o retira e absorve.

Logo, se usado como recurso mágico dentro do campo cósmico de uma religião, ele adquire um poder único e de inestimável valor, pois tanto pode estimular a fé em alguém apático quanto pode esgotá-la em alguém que estiver fanatizado ou emotivado na sua crença.

E por ser agente cármico, a própria Lei Maior o ativa e ele começa a atuar como paralisador ou esgotador de carmas grupais ou individuais.

Saibam que estas “facetas” de Exu é que o tomam tão polêmico, pois mesmo pessoas que não cultuam os Orixás acabam sendo atuadas pelo mistério Exu. E por ser elemento mágico, qualquer um pode recorrer a ele, evocá-lo, ativá-lo ou desativá-lo, bastando saber como, já que, por ser um elemento mágico, só é ativado ou desativado se o evocarem ritualmente.

Saibam que todo elemento mágico não tem a livre iniciativa de autoativar-se. Ou alguém o ativa ou ele permanece neutro.

Portanto, se alguém estiver sendo atuado por Exu, é porque alguém o ativou e direcionou contra a pessoa que está sofrendo a atuação dele. Logo, tanto pode ser um desafeto quanto a própria Lei Maior que o ativou.

Se foi um desafeto, á pessoa atuada bastará recorrer a algum médium que este poderá desmanchar, quebrar ou virar a atuação.

Mas se foi a Lei Maior, aí a desativação fica difícil e só com uma transformação íntima da pessoa atuada ela o desativará.

Vamos dar dois exemplos de ativação do Mistério Exu:

1ª – Uma pessoa ativa Exu contra um desafeto ou “inimigo”.

Uma pessoa briga, discute, antipatiza ou não gosta de outra, e ativa contra ela o Mistério Exu, que por ser elemento mágico, responde à evocação e começa a atuar, não importando se é justa ou injusta a evocação. Afinal, ele é um elemento mágico neutro que só se toma ativo se alguém ativá-lo.

Neste caso, sua atuação dependerá da reação da pessoa atuada e da proteção espiritual que ela tem, que poderá “virar” a atuação de Exu justamente contra quem o ativou. E se quem se o ativou foi um terceiro, aí tanto quem solicitou sua ativação como quem o ativou sofrerão o choque do retomo.

Saibam que não são poucos os médiuns e supostos pais de santo que sofrem violentos choques de retomo, que volta com a força reativa da Lei Maior, já com seus aspectos punitivos e executores de pessoas que fazem mau uso dos mistérios divinos e dos elementos mágicos

“universais” (colocados pela Lei Maior à disposição de todos).

Um elemento mágico assume a condição de “universal” se a Lei Maior o abrir a todos, independente de sua religião. E Exu é um elemento mágico “universal” ou aberto a todos. Pessoas de todas as religiões podem evocar Exu que serão atendidas.

Saibam que seu símbolo mágico original é um “falo”, e que o tridente é outro símbolo mágico universal de cujo mistério Exu se apossou, pois viu nele um recurso adicional às suas atuações.

Saibam também que cada símbolo mágico tem uma divindade cujo mistério se manifesta através dele, sempre que for ativado corretamente. Mas no decorrer dos tempos, as divindades que os regem foram sendo “substituídas” por outras nas novas religiões. Em consequência, os símbolos perderam parte dos seus poderes, pois se os ativam, no entanto não sabem qual é o nome correto da divindade que devem evocar durante suas ativações. Então não obtêm o resultado esperado porque faltou este “detalhe” durante a realização de suas magias.

Atentem bem para o que acabamos de revelar, e perguntem aos maiores iniciados ou magos se sabem todos os nomes das divindades que regem os símbolos que riscam durante suas magias, cabalas, etc.

Saibam que não. E justamente por isso, nós somos cautelosos no uso da magia e críticos com os que se dizem falsos magos ou cabalistas, pois realmente não sabem o nome das divindades que regem os símbolos que riscam à “torta” e à direita. E tem muitos supostos magos recorrendo a símbolos cujas divindades regentes são cósmicas, absorventes e tão possessivas que têm na conta de seus todos os que recorrem aos seus símbolos sagrados. Dai, é só uma questão de tempo para começarem a ser atraídos por alguma dessas divindades cósmicas possessivas, porque são punidoras e lidam com os aspectos negativos dos sete Tronos planetários.

Bem, voltando ao Mistério Exu, saibam que, assim como Exu assentou-se do lado de fora da casa de Oxalá (no tempo, ou do lado de fora do templo), ele também se assentou ao lado da casa da divindade cósmica que dá sustentação ao símbolo cósmico, e punitivo, que denominamos de tridente mágico. E o usa tanto como “arma” quanto para irradiar um tipo de energia penetrante, que perfura a aura de uma pessoa e inunda seu corpo energético, desequilibrando sua vibração e seu magnetismo, assim como também para desenergizar uma pessoa, um espírito desequilibrado ou mesmo uma magia que esteja vibrando no astral.

Mas o falo totêmico ou o tridente mágico não são os únicos símbolos de Exu, pois no decorrer do tempo muitos outros ele foi possuindo e incorporando como recursos vitalizadores ou desvitalizadores de magias, atuações, reações e choques cármicos.

A Umbanda absorveu o Mistério Exu e o assentou à sua esquerda, onde ele rege inúmeros mistérios dos Orixás em seus aspectos negativos.

Com isso Exu tomou-se o único acesso religioso e mágico aos recursos punitivos que em outras religiões estão difusos, mal interpretados e mal explicados e, em vez de serem aceitos, são anatematizados, excomungados, amaldiçoados, etc. pelos seus sacerdotes, que vivem a alertar seus fiéis sobre suas condutas pessoais e seus deveres religiosos, mas não entendem que, se falharem, errarem e pecarem, serão atuados por um dos aspectos negativos da divindade que cultuam.

Com isso, em vez de alertarem seus fiéis sobre o que realmente está atuando sobre eles no sentido de repararem seus erros e reformularem seus princípios, seus conceitos religiosos e suas condutas pessoais, jogam nas costas do “diabo”, livrando o homem da responsabilidade pelos desmandos e miséria que afligem a humanidade.

Os homens são os responsáveis pelas dificuldades materiais da humanidade, pois a ambição e o egoísmo desvirtuam a política, e a corrupção desvirtua o caráter e a moral. Mas nós vemos supostos líderes religiosos lançando a culpa ao demônio ou outra entidade abstrata, mas muito viva no imaginário religioso popular.

Para os responsáveis pelo país, isso é ótimo, porque os isenta de culpas e encobre os incompetentes, os maus aplicadores dos recursos públicos e serve aos seus interesses, já que até eles podem se eximir, caso aleguem que todos os males do mundo se devem a um ente infernal abstrato.

Portanto, se quiserem ser bons sacerdotes, aprendam isto: a causa dos males do mundo está no próprio ser humano egoísta, mesquinho, volúvel, corruptível, ambicioso, prepotente e apegado aos vícios desvirtuadores da moral e do caráter. E se Exu foi ativado contra alguém por uma pessoa, não foi por influência do demônio, mas sim porque quem o ativou é alguém que se encaixa num dos termos usados como os causadores dos males do mundo.

Agora, se é uma atuação da Lei Maior, aí o exemplo que daremos a seguir explicará sua interferência na vida de alguém. Vamos ao nosso segundo exemplo.

2- Se uma pessoa está sofrendo injustiças no seu trabalho, ou de um desafeto qualquer (vizinho, inimigo, adversário, concorrente etc.), e evocar alguma divindade à qual clamará para que ela interfira a seu favor, livrando-a da injustiça a que está sendo submetida, com certeza essa divindade tentará, via irradiação, reequilibrar o emocional do “perseguidor” e o estimulará no sentido de reformular seus sentimentos e sua conduta.

Mas caso isso não seja conseguido via irradiação, a divindade recorrerá a alguma hierarquia espiritual, que enviará algum espírito, que atuará diretamente, mental e positivamente, visando despertá-la para o erro que está cometendo ao praticar uma injustiça contra um semelhante seu, que aos olhos de Deus é um irmão seu. Mas caso este espírito não consiga sucesso na reparação moral do ser do nosso exemplo, aí… bem… aí a divindade evocada ativará algum de seus recursos punitivos, assim como o Exu responsável pela sua aplicação na vida dos “devedores” da Lei Maior.

Este Exu será um executor da Lei e sua função é dupla, pois além de interromper a injustiça que está sendo cometida contra alguém, ele ainda punirá quem a está perpetrando, criando um tormento em algum aspecto negativo de sua vida. Então dizemos que este Exu lida com os aspectos negativos do Orixá que o rege como instrumento da Lei.

Uma pessoa atuada por um aspecto negativo de um Orixá, em pouco tempo começa a dar mostras de que está sendo atuada, pois no aspecto em que está sendo punido tudo acontece de uma forma tão sutil que a pessoa nem percebe o que está acontecendo.

Mas sempre tem alguém que dá um alerta, e a pessoa ou o refuta ou corre a um centro de Umbanda, Espírita ou de Candomblé para livrar-se das dificuldades que a estão atormentando.

E trabalhoso lidar com uma atuação da Lei e a pessoa que a está sofrendo só deixará de ser atuada caso reformule toda a sua vida, transforme seus sentimentos íntimos e deixe de atuar injustamente contra seus semelhantes, que aos olhos de Deus é seu irmão.

Raramente estas atuações são descobertas, e os guias espirituais que as veem são reticentes quanto à origem delas (a lei), preferindo orientar a pessoa que está sendo punida, trabalhar seu emocional e despertar em seu íntimo os sentimentos de amor, fé, respeito e fraternidade, pois vibrando-os, a pessoa assume uma nova postura e deixa de ser atingida pela irradiação negativa que a está paralisando e atormentando.

Mas, caso, mesmo sendo orientado, continuar a vibrar injusta mente contra um semelhante, aí guia nenhum conseguirá ajudá-lo, fato este que leva muitas pessoas que estão sendo punidas pela Lei a buscar o abrigo em seitas miraculosas ou messiânicas, cujos astutos líderes prometem a cura de todos os males, a solução de todos os problemas e a salvação eterna.

De certa forma essas seitas milagreiras ou salvacionistas ajudam as pessoas que as procuram, porque as induzem a uma mudança total de atitudes, caráter, moral e religiosidade, colocando-as numa dependência direta e total, tirando-lhes o livre-arbítrio religioso e realizando uma verdadeira limpeza religiosa na mente delas. Mas muitos se fanatizam, exacerbam os ânimos e voltam-se furiosamente contra “Exu” e contra os Orixás.

Pessoas que se fanatizam, com certeza não encontrarão nenhum Exu quando desencarnarem, mas também não encontrarão nenhuma divindade e muito menos a que distorceram com seus fanatismos e ódios ás outras religiões e seus fiéis. Mas com certeza ver-se- ão de frente com o mais temido dos Tronos cósmicos punidores: Lúcifer, o senhor das ilusões, dos fanáticos e dos revoltosos religiosos!

Para finalizar, saibam que os Exus, ao se apresentarem com um nome simbólico, através dele estão revelando qual é seu principal campo de atuação, qual é o aspecto negativo que ativa ou desativa, e a qual divindade e mistério servem ou têm ao seu lado para lidar com seus aspectos negativos.

“Aspectos são sinônimo de qualidade”.

Observação: Não foi aberto para a dimensão material o mistério Exu feminino. Logo, quem escreve que Pomba-gira é Exu fêmea não sabe nada sobre este outro mistério da Umbanda.

Afinal, Exu é elemento mágico cósmico e agente cármico, cujo mistério e divindade regente gera e irradia o fator “vigor”. Já Pomba gira tem como divindade cósmica e regente uma que gera e irradia o fator “desejo”.

Saibam que os fatores vigor e desejo se completam, porque vigor sem desejo não se toma ativo, e desejo sem vigor logo se esgota.

Portanto, muito cuidado com o que andam ensinando sobre esses dois mistérios cósmicos, agentes cármicos e elementos mágicos “vivos” absorvidos pelo Ritual de Umbanda Sagrada para lidarem com os aspectos ou qualidades negativas dos Orixás.

Saibam também que existe uma dimensão da vida, paralela à dimensão humana, cuja energia principal é vitalizadora, e é habitada por seres “Exu”, que são tantos que talvez alcancem a casa dos trilhões.

Todos são regidos por uma divindade cósmica, que denomina mos de divindade X, porque seu nome sagrado não pode ser revelado ao plano material.

O Trono guardião dos mistérios dessa dimensão é o divino Mehór yê, divindade cósmica que polariza com o Orixá Ogum.

Enquanto Mehór yê é o Guardião dos Mistérios do Vigor Divino, Ogum é o Guardião da Potência Divina, e ambos formam uma dupla polaridade na onda viva ordenadora da criação nos níveis planetário e multidimensional .

Saibam também que essa energia vitalizante da dimensão “X” não desperta nenhum desejo sexual, mas tão somente vitaliza os seres em todos os sete sentidos da vida.

Os vórtices planetários multidimensionais retiram dessa dimensão suas energias vitalizadoras e as distribuem para todas as outras setenta e seis, não deixando nada e ninguém sem recebê-las, pois por eles passam todas as correntes eletromagnéticas transportadoras de energias essenciais já fatoradas.

Portanto, se alguém disser que Exu é sinônimo de “demônio”, ensinem isto: Deus tem toda uma dimensão da vida, toda habitada por seres naturais muito parecidos conosco, e nela nenhum deles tem chifre e rabo, não soltam fogo pela boca nem vivem atormentando-se uns aos outros, mas, sim, convivem entre si muito melhor que nós, os humanos. Agora, como elemento mágico e agente cármico, Exu é mais um dos muitos mistérios da religião de Umbanda Sagrada, que congrega em suas linhas de trabalhos seres de muitas dimensões da vida.

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O Universo segundo os Yorubas

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Como Surgiram as Linhas de Trabalho do Ritual de Umbanda Sagrada.

Saibam que as linhas de trabalho não surgiram por acaso, e um guia espiritual é manifestador de um mistério religioso.

Por mistério religioso entendam o mistério que um espírito manifesta dentro do espaço religioso dos templos de Umbanda Sagrada, pois se um espírito se apresentar como um caboclo de Ogum, é porque ele foi aceito pela Lei Maior, foi incorporado a uma das hierarquias do Orixá Ogum, desenvolveu em si uma das qualidades desse Orixá da lei, e atua regido pelo fator ordenador da criação divina.

Logo, é um guia autoritário, rigoroso, de pouca conversa, mas de muita ação, e às vezes intempestivo, pois Ogum é o próprio ar, que movimenta tudo à sua volta. Então um Caboclo de Ogum não é um espírito comum.

Não mesmo, pois sua natureza é regida pelo Orixá “Ogum”, que é a qualidade ordenadora da criação divina. E se ele é um “Caboclo” de Ogum, um espírito incorporado à hierarquia do Orixá da Lei, é porque ele foi gerado por Deus em sua qualidade ordenadora, foi imantado por Ogum com seu fator ordenador e evoluiu, sempre regido pela sua ancestral idade, localizada no divino Trono de Deus que aplica a Lei Maior na vida dos seres.

Agora, um Caboclo de Ogum tem no seu nome simbólico tanto sua qualidade ordenadora (Ogum), quanto a sua qualificação ou campo de atuação.

Então temos os Caboclos Sete Espadas, Sete Lanças, Sete

Escudos, Sete Coroas, etc., todos atuando como guias de Umbanda.

Nós não temos como listar o nome de todas as linhas de trabalho

da Umbanda, por isso as resumimos em linhas dos Orixás, tais como:

— Linhas dos Caboclos de Oxalá

— Linhas dos Caboclos de Oxóssi

— Linhas dos Caboclos de Xangô

— Linhas dos Caboclos de Ogum

— Linhas das Caboclas de Oxum

— Linhas das Caboclas de lemanjá

— Linhas das Caboclas de lansã, etc.

E o mesmo se repete com as linhas de trabalho formadas por Exus e Pomba giras, onde temos:

— Linha dos Exus dos Caminhos — Ogum

— Linha dos Exus do Cemitér io — Omolu

— Linha dos Exus das Passagens — Obaluaiê

— Linha dos Exus das Montanhas — Xangô

— Linha dos Exus das Matas — Oxóssi

— Linha dos Exus das Encruzilhadas — Oxalá

— Linha dos Exus Cobra — Oxumaré

— Linha das Pombagiras das Águas — Oxum

— Linha das Pombagiras da Praia ou do Mar — lemanjá

— Linha das Pombagiras do Lodo — Nanã, etc.

Com esses nomes simbólicos, as linhas de trabalhos vão mostrando qual o Orixá as rege, a qual sentido da vida os Exus servem, e quais são os aspectos negativos com que eles lidam.

Sim, se tomarmos como exemplo a linha dos Exus do Cemitério, até dentro dela veremos os desdobramentos ou qualificações dos Exus que formam correntes espirituais ou sublinhas, pois um Exu do Cemitério lida com os aspectos negativos do Orixá Omolu e os aplica em outros sentidos da vida, regidos por outros Orixás. Vamos aos exemplos:

— Exu Tranca-Ruas das Almas:

Exu = entidade que lida com os aspectos negativos dos Orixás; com a parte negativa dos fatores divinos; com espíritos desequilibrados; com o emocional dos seres.

Tranca = fecha, retém, aprisiona, prende ou paralisa.

Ruas = caminhos, trilhas, sentidos, direção ou evolução.

Logo, Exu Tranca-Ruas das Almas é um ser que é regido por Omolu, pois o cemitério é a prisão natural de todo espírito que atentou contra um dos sete sentidos da vida. Mas também é regido por Obaluaiê, pois se ele tranca a evolução das “almas”, está servindo ao Orixá que rege a evolução dos seres. Mas como ele tranca a rua (os caminhos), então também é regido por Ogum, que é o Orixá que rege as evoluções retas, os caminhos a ser trilhados de forma ordenada.

Mas se ele tranca, então também serve a Xangô, pois este rege a justiça divina, que é que diz quando alguém atentou contra os princípios divinos.

Com isso, ele serve a vários sentidos da vida e a vários Orixás, que o ativam sempre que for preciso. Mas se interpretarmos ao pé da letra seu nome simbólico, então ele é um Exu de Ogum atuando sob a irradiação de Omolu e de Obaluaiê, pois só a Lei Maior tranca ou prende um espírito degenerado. E se ele tranca as ruas, tranca as vias evolutivas ou a evolução dos seres, que é atribuição do Orixá Obaluaiê, regente da linha da evolução. Só que ele tranca a rua das “almas”, e não da justiça ou do conhecimento.

Logo, lugar de almas é no cemitério, que é o campo de Omolu, Orixá regente do polo negativo da linha da evolução, a sétima linha ou irradiação da Umbanda.

Portanto, Tranca-Ruas das Almas é um Exu de Ogum atuando sob a irradiação de Obaluaiê e de Omolu.

Se interpretarmos um nome simbólico muito parecido — Exu Tranca-Ruas Gira das Almas, aí teremos um Exu de lansã. Orixá da lei que atua como aplicadora ativa dela nos campos da justiça divina.

O termo “gira” é sinônimo de movimento, e lansã é geradora natural do fator mobilizador, é sua irradiadora e sua aplicadora na vida dos seres (almas).

Logo, Exu Tranca Gira das Almas não tem um ponto fixo ou um campo específico para atuar, pois onde houver alguém se “movendo” ou girando de forma errada, ali está seu campo de atuação, e ele será ativado por lansã. Orixá que regula os movimentos das almas ou dos “eguns”.

Vamos dar outro exemplo, usando o nome simbólico de um Caboclo Sete-Espadas:

Caboclo = ser que lida e ativa os aspectos positivos dos Orixás.

Sete = as sete linhas de Umbanda Sagrada, os sete Tronos de Deus, as sete vias evolutivas, os sete sentidos da vida, etc.

Espadas = lei, ordem, comando, combate, luta, poder, corte, etc.

Este caboclo atua como ordenador nos sete sentidos da vida, ou nos sete campos de ação de Ogum, o Orixá da lei e ordenador da religiosidade dos seres.

Mas todo Caboclo Sete-Espadas tem uma qualificação ou mais de uma, tal como Seiman Hamiser yê, que é um Ogum intermediador, cujo nome simbólico é este: Ogum Megê Sete-Espadas da Lei e da Vida.

— Como Ogum intermediador, ele atua nas sete irradiações ou sete linhas de Umbanda.

— Como é espada da lei, atua no sentido de coibir os excessos cortando demandas, aparando choques cármicos, ordenando os seres .

— Como Sete-Espadas da lei e da “vida”, aí vida é sinônimo de geração, a sétima linha de Umbanda, regida por lemanjá e por Omolu, Orixás da geração, sendo ela a regente do polo magnético positivo, e ele regente do seu polo magnético negativo.

— Mas ele se define como “Megê”, logo, está atuando sob a irradiação do Orixá Omolu, cujo elemento é terra, é cemitério. E também pode paralisar toda geração desequilibrada ou criatividade desvirtuadora num dos sete sentidos da vida.

Interpretando corretamente o nome Ogum Megê Sete-Espadas da “Lei e da Vida”, temos:

Este Ogum intermediador é regido por Ogum, Orixá ordenador e aplicador da Lei Maior na vida dos seres; é um intermediador do Orixá Ogum intermediário da terra ou aplicador da lei nos campos do Orixá Omolu (Orixá telúrico que polariza com lemanjá. Orixá aquático); e a aplica na vida ou nos campos de lemanjá (mãe da vida), punindo, retendo ou reordenando os seres que se desequilibrarem no sétimo sentido da vida (a geração e a criatividade). Mas como o termo vida engloba muitos sentidos, então ele ordena os que se desequilibrarem na geração da lei, do conhecimento, da justiça, da fé, etc.

Viram como é amplo seu campo de ação e atuação, como aplicador do mistério “Ogum” na vida dos seres?

Vamos a mais um exemplo:

— Caboclo Sete flechas .

Sete = sete irradiações.

Flechas = símbolo do Oxóssi, direção, artefato bélico, etc.

Interpretando-o, temos:

Caboclo: ser que ativa os aspectos positivos dos Orixás.

Sete: atua sob a regência das sete irradiações.

Flecha: é um caboclo de Oxóssi, pois a flecha é um dos seus símbolos. Mas como flecha também tem o sentido de direção a ser seguida, então é um caboclo de Oxóssi que atua nos campos de lansã.

Orixá direcionador dos espíritos e aplicador da Lei Maior nos campos da justiça divina.

Interpretando-o, temos: todo Caboclo Sete flechas é um ser que atua nas sete linhas de Umbanda, sempre como direcionador (doutrinador) dos seres, estimulando-os a se conduzirem (lansã) em equilíbrio e procederem com justiça (Xangô).

Vamos à interpretação de um nome simbólico, muito polêmico, de uma linha de Pomba giras:

— Maria Molambo .

Maria = igual à virgem da concepção ou Maria, a mãe de Jesus, que é da concepção de algo divino. Logo, sincretiza-se com Oxum, Orixá da concepção da vida.

Molambo = popularmente é uma pessoa malvestida, com uma aparência deprimente ou miserável.

Portanto, Maria Molambo é uma Pomba-gira de Oxum (mãe da concepção divina), que atua sobre os espíritos degradados ou que perderam seus bens divinos (amor, fé, conhecimento, etc.), visando reagregá-los.

Ela atua sobre as “almas” empobrecidas em seus valores maiores, que são vistos como espíritos perdidos na escuridão, abandonados na vida.

Seu campo de atuação é vasto, mas “abandonados na vida” significa que estão no campo da morte, o campo santo ou cemitério.

Logo, é uma Pomba-gira de Oxum atuando na irradiação de Omolu, onde ela agrega ao seu mistério os espíritos que “conceberam” de forma errada ou afrontosa os princípios da vida, e assim perderam a noção dos seus valores maiores.

Observem bem os exemplos que demos, pois os nomes têm correspondências com os Orixás por causa, também, do sincretismo religioso da Umbanda, e devem nortear nosso raciocínio, caso queiramos interpretar corretamente os nomes das linhas de trabalhos da Umbanda, formadas por legiões de espíritos agregados a uma hierarquia, da qual são membros e são manifestadores do mistério da divindade que as rege.

Nós poderíamos tomar muitos nomes de linhas de trabalho cujos membros se manifestam durante os trabalhos de incorporação. Mas estes Já são suficientes para que tenham uma noção de que o acaso não existe e, dentro do Ritual de Umbanda Sagrada, tudo é ordenado e regido pelos senhores Orixás, as divindades de Deus que atuam em nossa vida porque são os geradores naturais e os irradiadores das suas qualidades ou fatores divinos.

A Umbanda ainda é uma religião nova e só agora, após um século de existência, está começando a ser codificada teologicamente, pois antes só tínhamos codificações mitológicas ou abstratas, fundamentadas no “eu acho que é assim”, ou no “eu ouvi dizer que é isso”.

A achologia é um recurso “especulativo”, pois só lida com o imponderável e só se sustenta na ausência dos reais fundamentos e dos verdadeiros conhecimentos científicos.

E ciência a Umbanda tem, só que é divina e interpretativa dos mistérios de Deus.

Portanto, não deixe de estudar o simbolismo da Umbanda, pois se interpretarem corretamente os nomes simbólicos de suas linhas de trabalhos espirituais, descobrirão a quais Orixás os guias estão servindo, de qual irradiação são oriundos, e sob qual ou quais estão atuando como guias de Umbanda Sagrada.

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Depoimentos amarração – Julho 2022 

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Depoimentos amarração amorosa – Julho 2022