Exu nas linhas de trabalhos espirituais – Umbanda.
A Umbanda tem em Exu uma de suas linhas de trabalhos espirituais, assim como as tem na linha de Caboclo, Preto-Velho, Crianças, Baianos, Boiadeiros, Marinheiros e Sereias, todas regidas pelos Orixás.
Saibam que o Mistério Exu é polêmico justamente porque atua de forma negativa e sempre magística. Mas, para entendê-lo realmente, temos que voltar ao passado e à sua origem, onde foi “humanizado” e começou a atuar de forma direta na vida dos seres.
Na África, Exu ainda é tido como uma divindade da mesma estatura que os Orixás, é muito respeitado e temido, pois sua natureza dúbia e seus modos tortos de dar solução a um problema confundem quem recorre a ele.
Normalmente, durante os cultos, primeiro saúdam Exu com cantos, pedem sua proteção e depois o despacham com uma oferenda (o padê de Exu), onde lhe são servidos seus alimentos rituais.
Esse é um procedimento geral, além disso, toda casa de culto deve ter seu assentamento de Exu, no qual foi assentado o Exu da casa ou correspondente ao Orixá de cabeça do sacerdote que a dirige.
Isso é norma e é correto. Assim foi estabelecido como regra de procedimento em relação ao Mistério Exu.
Mas Exu tem um vasto campo de atuação dentro do culto aos Orixás, pois é tido como o mensageiro das ordens e vontades deles, que não se comunicam diretamente com os encamados.
Exu “fala” através dos búzios e revela os odus no jogo divina tório onde é o intérprete qualificado para tanto, e aceito por todos como tal.
Mas ele também atua como elemento mágico e pode ser coloca do em ação através de uma oferenda depositada numa encruzilhada, num caminho, etc., sempre em acordo com o objetivo que se deseja alcançar.
Ele, se não curar uma doença, certamente mostrará a quem o invocou e oferendou como curá-la ou a quem deverá recorrer para ser curado.
Se não puder solucionar uma pendência, mantê-la-á em suspenso até que surjam as condições ideais para encerrá-la.
Se não puder auxiliar a pessoa a conseguir o que pediu, certa mente a ajudará na conquista de algo parecido.
Tudo isso é Exu no culto tradicional aos Orixás, realizado na África. Mas também recorrem a ele para muitas outras coisas, porque jamais esgotaram seus mistérios ocultos, todos ativáveis através de oferendas rituais e de magias com elementos materiais.
Como a Umbanda é uma religião e, como todas as outras, tem seu lado cósmico, ativo e punitivo, então o centrou em Exu e seu oposto complementar feminino, e os elegeu como mistérios responsáveis pelo esgotamento de carmas ou débitos com a Lei Maior, expandindo seus campos de ação e atuação, tanto na magia quanto na vida dos seres.
Saibam que toda religião tem tanto seu lado luminoso (positivo e amparador) quanto seu lado escuro (negativo e punidor).
Com a Umbanda não poderia ser diferente, já que é um dever de toda religião dar o amparo aos seus adeptos e estimulá-los a evoluir, como também deve puni-los, através de seus recursos cósmicos, caso eles se desviem da conduta tida como correta pela sua doutrina.
Toda religião possui essa dupla função, porque todo fator de Deus tem seu duplo aspecto, sendo uma parte positiva e outra negativa.
A parte positiva dos fatores divinos é gerada e regida pelas divindades luminosas irradiantes e positivas. Já a parte negativa deles é gerada e regida por divindades cósmicas, absorventes e negativas.
E mesmo a parte positiva ou negativa tem sua dupla polaridade, sendo um polo ativo e o outro passivo.
Saibam que a parte negativa de um fator divino é absorvida por criaturas que são regidas pelos instintos e possuem uma natureza instintiva. Já a parte positiva de um fator é absorvida pelos seres nacionais, cuja natureza é racionalista.
A associação que fazem entre certas espécies de animais e os Orixás tem seu fundamento na bipartidade de um fator. Então dizem que tal espécie de animal é de Oxalá, outra é de Ogum ou de Xangô, etc. E o mesmo se aplica à hereditariedade dos seres, pois uns são filhos de Oxóssi, outros são filhos de Xangô, etc., tudo por terem sido gerados numa qualidade de Deus cujo fator, seu Orixá, é um gerador e irradiador natural .
Bem, o fato é que todo Orixá é uma divindade, e tanto tem como atribuição o amparo aos seres quanto a punição dos que não se deixarem conduzir segundo os princípios divinos, dos quais ele é seu regente natural.
Oxalá rege os princípios “religiosos” da fé, e todo ser que se conduzir segundo eles estará sob sua irradiação luminosa e será amparado pelo seu mistério divino da fé. Mas se este mesmo ser se desvirtuar e afastar-se de sua irradiação luminosa, automaticamente estará sob a irradiação punitiva de seu mistério, e quem irá atuar em sua vida será uma divindade cósmica, cuja atribuição natural é refrear os seus instintos, contrários ao racionalismo religioso.
Esta divindade cósmica, que é punidora, não é ruim ou má em si mesma, mas tão somente acolhe em seu campo de atuação negativo, sem luz e cor, e saturado de energias desmagnetizadoras os seres que se desvirtuaram dos princípios da fé. Seu magnetismo absorvente é tão poderoso, que simplesmente desmagnetiza e congela o espírito que afrontou os princípios da fé.
Saibam que este Trono cósmico não é um Exu natural, mas, sim um Trono regido pelo “Tempo”.
Só que disso, nem o mais sábio dos intérpretes das lendas dos Orixás tem ciência, porque este mistério era fechado e só agora, através da Umbanda Sagrada, ele está sendo aberto.
Só este Trono cósmico do Tempo lida com os aspectos negativos do fator religioso, gerado e irradiado por Oxalá.
“A lenda nos diz que Exu ‘se assentou’ do lado de fora da casa de Oxalá e com ele aprendeu muito, pois era muito observador.”
Interpretando esta parte da lenda de Exu, temos: Exu não se assentou dentro da casa de Oxalá (o templo) porque, para lidar com os aspectos negativos desse Orixá, só assentando-se ao lado dele, assim Exu aprenderia e conheceria seus mistérios punidores ou cósmicos.
Ou temos: os mistérios punidores de Oxalá não estão dentro de sua casa (o templo), mas sim no lado de fora (no tempo). E se Exu desejava possuí-los para poder atuar como elemento mágico e agente cármico, tinha que renunciar à sua natureza de andarilho (os caminhos) e assumir a de Oxalá (a paciência, a perseverança e a resignação), pois só assim conquistaria a confiança de Oxalá.
Sintetizando, temos isto: “Oxalá está no íntimo de cada um e irradia-se através dos sentimentos de fé. Já seu aspecto punitivo está no exterior (o emocional), onde Exu assentou-se e cuida de punir todos os seres desequilibrados, pois teve a paciência de aprender com o próprio Orixá da fé”.
Portanto, o Mistério da Fé (Oxalá) já existia antes do advento do Mistério Exu, que é o elemento mágico e agente cármico com poder suficiente para lidar com os aspectos negativos da fé e aplicar sua punição aos seres desequilibrados.
Mas isso dentro do universo religioso dos Umbandistas, pois em outras religiões outros elementos mágicos e agentes cármicos lidam com os aspectos negativos do Trono da Fé e aplicam as punições no campo religioso.
Estudem as outras religiões e descobrirão quem são esses ele mentos e agentes. Capeta, Diabo, Lúcifer, Ferrabrás, Belzebu, etc. são alguns nomes bastante populares, só que mal interpretados, pois transferem para eles os erros, as falhas e os pecados dos espíritos que se rebelam, revoltam ou desvirtuam os princípios da fé.
Atentem bem para o que aqui revelamos, pois antes de Exu “aprender” com Oxalá como lidar com os aspectos negativos da fé, já existia um Trono cósmico, sombrio, absorvente e punidor, que os aplicava em nível geral, e continua aplicando, assim como sempre os aplicará. Mas no nível do universo dos Orixás “africanos”, Exu aprendeu como aplicá-los no nível local (uma religião) e no nível individual (um ser), tanto no campo da magia quanto no cármico (paralisador do desvirtuamento dos princípios religiosos e executor dos seres desvirtuados nos aspectos da fé).
“Às lendas faltou uma interpretação menos humana, épica e poética e mais científica, religiosa e divina.”
Saibam que o Orixá Exu é uma divindade cósmica que gera e irradia um fator que vitaliza os seres, e por isso foi associado à sexualidade humana como “manipulador” do vigor sexual. Seu símbolo fálico já é um indicador eloquente de seu mistério original.
Mas o “vigor” de Exu não se aplica só à sexualidade, pois o vigor está em todos os sentidos da vida de um ser que, ou é vigoroso na fé, no conhecimento, no amor, na lei, etc., ou se tomará apático, desinteressado e pouco curioso acerca da criação divina.
Exu é esse vigor que ativa todos os sentidos de um ser, o estimula e vitaliza até mover-se e buscar algo novo, em todos os campos. Certo?
Exu tanto gera e irradia o fator vigor quanto o retira e absorve.
Logo, se usado como recurso mágico dentro do campo cósmico de uma religião, ele adquire um poder único e de inestimável valor, pois tanto pode estimular a fé em alguém apático quanto pode esgotá-la em alguém que estiver fanatizado ou emotivado na sua crença.
E por ser agente cármico, a própria Lei Maior o ativa e ele começa a atuar como paralisador ou esgotador de carmas grupais ou individuais.
Saibam que estas “facetas” de Exu é que o tomam tão polêmico, pois mesmo pessoas que não cultuam os Orixás acabam sendo atuadas pelo mistério Exu. E por ser elemento mágico, qualquer um pode recorrer a ele, evocá-lo, ativá-lo ou desativá-lo, bastando saber como, já que, por ser um elemento mágico, só é ativado ou desativado se o evocarem ritualmente.
Saibam que todo elemento mágico não tem a livre iniciativa de autoativar-se. Ou alguém o ativa ou ele permanece neutro.
Portanto, se alguém estiver sendo atuado por Exu, é porque alguém o ativou e direcionou contra a pessoa que está sofrendo a atuação dele. Logo, tanto pode ser um desafeto quanto a própria Lei Maior que o ativou.
Se foi um desafeto, á pessoa atuada bastará recorrer a algum médium que este poderá desmanchar, quebrar ou virar a atuação.
Mas se foi a Lei Maior, aí a desativação fica difícil e só com uma transformação íntima da pessoa atuada ela o desativará.
Vamos dar dois exemplos de ativação do Mistério Exu:
1ª – Uma pessoa ativa Exu contra um desafeto ou “inimigo”.
Uma pessoa briga, discute, antipatiza ou não gosta de outra, e ativa contra ela o Mistério Exu, que por ser elemento mágico, responde à evocação e começa a atuar, não importando se é justa ou injusta a evocação. Afinal, ele é um elemento mágico neutro que só se toma ativo se alguém ativá-lo.
Neste caso, sua atuação dependerá da reação da pessoa atuada e da proteção espiritual que ela tem, que poderá “virar” a atuação de Exu justamente contra quem o ativou. E se quem se o ativou foi um terceiro, aí tanto quem solicitou sua ativação como quem o ativou sofrerão o choque do retomo.
Saibam que não são poucos os médiuns e supostos pais de santo que sofrem violentos choques de retomo, que volta com a força reativa da Lei Maior, já com seus aspectos punitivos e executores de pessoas que fazem mau uso dos mistérios divinos e dos elementos mágicos
“universais” (colocados pela Lei Maior à disposição de todos).
Um elemento mágico assume a condição de “universal” se a Lei Maior o abrir a todos, independente de sua religião. E Exu é um elemento mágico “universal” ou aberto a todos. Pessoas de todas as religiões podem evocar Exu que serão atendidas.
Saibam que seu símbolo mágico original é um “falo”, e que o tridente é outro símbolo mágico universal de cujo mistério Exu se apossou, pois viu nele um recurso adicional às suas atuações.
Saibam também que cada símbolo mágico tem uma divindade cujo mistério se manifesta através dele, sempre que for ativado corretamente. Mas no decorrer dos tempos, as divindades que os regem foram sendo “substituídas” por outras nas novas religiões. Em consequência, os símbolos perderam parte dos seus poderes, pois se os ativam, no entanto não sabem qual é o nome correto da divindade que devem evocar durante suas ativações. Então não obtêm o resultado esperado porque faltou este “detalhe” durante a realização de suas magias.
Atentem bem para o que acabamos de revelar, e perguntem aos maiores iniciados ou magos se sabem todos os nomes das divindades que regem os símbolos que riscam durante suas magias, cabalas, etc.
Saibam que não. E justamente por isso, nós somos cautelosos no uso da magia e críticos com os que se dizem falsos magos ou cabalistas, pois realmente não sabem o nome das divindades que regem os símbolos que riscam à “torta” e à direita. E tem muitos supostos magos recorrendo a símbolos cujas divindades regentes são cósmicas, absorventes e tão possessivas que têm na conta de seus todos os que recorrem aos seus símbolos sagrados. Dai, é só uma questão de tempo para começarem a ser atraídos por alguma dessas divindades cósmicas possessivas, porque são punidoras e lidam com os aspectos negativos dos sete Tronos planetários.
Bem, voltando ao Mistério Exu, saibam que, assim como Exu assentou-se do lado de fora da casa de Oxalá (no tempo, ou do lado de fora do templo), ele também se assentou ao lado da casa da divindade cósmica que dá sustentação ao símbolo cósmico, e punitivo, que denominamos de tridente mágico. E o usa tanto como “arma” quanto para irradiar um tipo de energia penetrante, que perfura a aura de uma pessoa e inunda seu corpo energético, desequilibrando sua vibração e seu magnetismo, assim como também para desenergizar uma pessoa, um espírito desequilibrado ou mesmo uma magia que esteja vibrando no astral.
Mas o falo totêmico ou o tridente mágico não são os únicos símbolos de Exu, pois no decorrer do tempo muitos outros ele foi possuindo e incorporando como recursos vitalizadores ou desvitalizadores de magias, atuações, reações e choques cármicos.
A Umbanda absorveu o Mistério Exu e o assentou à sua esquerda, onde ele rege inúmeros mistérios dos Orixás em seus aspectos negativos.
Com isso Exu tomou-se o único acesso religioso e mágico aos recursos punitivos que em outras religiões estão difusos, mal interpretados e mal explicados e, em vez de serem aceitos, são anatematizados, excomungados, amaldiçoados, etc. pelos seus sacerdotes, que vivem a alertar seus fiéis sobre suas condutas pessoais e seus deveres religiosos, mas não entendem que, se falharem, errarem e pecarem, serão atuados por um dos aspectos negativos da divindade que cultuam.
Com isso, em vez de alertarem seus fiéis sobre o que realmente está atuando sobre eles no sentido de repararem seus erros e reformularem seus princípios, seus conceitos religiosos e suas condutas pessoais, jogam nas costas do “diabo”, livrando o homem da responsabilidade pelos desmandos e miséria que afligem a humanidade.
Os homens são os responsáveis pelas dificuldades materiais da humanidade, pois a ambição e o egoísmo desvirtuam a política, e a corrupção desvirtua o caráter e a moral. Mas nós vemos supostos líderes religiosos lançando a culpa ao demônio ou outra entidade abstrata, mas muito viva no imaginário religioso popular.
Para os responsáveis pelo país, isso é ótimo, porque os isenta de culpas e encobre os incompetentes, os maus aplicadores dos recursos públicos e serve aos seus interesses, já que até eles podem se eximir, caso aleguem que todos os males do mundo se devem a um ente infernal abstrato.
Portanto, se quiserem ser bons sacerdotes, aprendam isto: a causa dos males do mundo está no próprio ser humano egoísta, mesquinho, volúvel, corruptível, ambicioso, prepotente e apegado aos vícios desvirtuadores da moral e do caráter. E se Exu foi ativado contra alguém por uma pessoa, não foi por influência do demônio, mas sim porque quem o ativou é alguém que se encaixa num dos termos usados como os causadores dos males do mundo.
Agora, se é uma atuação da Lei Maior, aí o exemplo que daremos a seguir explicará sua interferência na vida de alguém. Vamos ao nosso segundo exemplo.
2- Se uma pessoa está sofrendo injustiças no seu trabalho, ou de um desafeto qualquer (vizinho, inimigo, adversário, concorrente etc.), e evocar alguma divindade à qual clamará para que ela interfira a seu favor, livrando-a da injustiça a que está sendo submetida, com certeza essa divindade tentará, via irradiação, reequilibrar o emocional do “perseguidor” e o estimulará no sentido de reformular seus sentimentos e sua conduta.
Mas caso isso não seja conseguido via irradiação, a divindade recorrerá a alguma hierarquia espiritual, que enviará algum espírito, que atuará diretamente, mental e positivamente, visando despertá-la para o erro que está cometendo ao praticar uma injustiça contra um semelhante seu, que aos olhos de Deus é um irmão seu. Mas caso este espírito não consiga sucesso na reparação moral do ser do nosso exemplo, aí… bem… aí a divindade evocada ativará algum de seus recursos punitivos, assim como o Exu responsável pela sua aplicação na vida dos “devedores” da Lei Maior.
Este Exu será um executor da Lei e sua função é dupla, pois além de interromper a injustiça que está sendo cometida contra alguém, ele ainda punirá quem a está perpetrando, criando um tormento em algum aspecto negativo de sua vida. Então dizemos que este Exu lida com os aspectos negativos do Orixá que o rege como instrumento da Lei.
Uma pessoa atuada por um aspecto negativo de um Orixá, em pouco tempo começa a dar mostras de que está sendo atuada, pois no aspecto em que está sendo punido tudo acontece de uma forma tão sutil que a pessoa nem percebe o que está acontecendo.
Mas sempre tem alguém que dá um alerta, e a pessoa ou o refuta ou corre a um centro de Umbanda, Espírita ou de Candomblé para livrar-se das dificuldades que a estão atormentando.
E trabalhoso lidar com uma atuação da Lei e a pessoa que a está sofrendo só deixará de ser atuada caso reformule toda a sua vida, transforme seus sentimentos íntimos e deixe de atuar injustamente contra seus semelhantes, que aos olhos de Deus é seu irmão.
Raramente estas atuações são descobertas, e os guias espirituais que as veem são reticentes quanto à origem delas (a lei), preferindo orientar a pessoa que está sendo punida, trabalhar seu emocional e despertar em seu íntimo os sentimentos de amor, fé, respeito e fraternidade, pois vibrando-os, a pessoa assume uma nova postura e deixa de ser atingida pela irradiação negativa que a está paralisando e atormentando.
Mas, caso, mesmo sendo orientado, continuar a vibrar injusta mente contra um semelhante, aí guia nenhum conseguirá ajudá-lo, fato este que leva muitas pessoas que estão sendo punidas pela Lei a buscar o abrigo em seitas miraculosas ou messiânicas, cujos astutos líderes prometem a cura de todos os males, a solução de todos os problemas e a salvação eterna.
De certa forma essas seitas milagreiras ou salvacionistas ajudam as pessoas que as procuram, porque as induzem a uma mudança total de atitudes, caráter, moral e religiosidade, colocando-as numa dependência direta e total, tirando-lhes o livre-arbítrio religioso e realizando uma verdadeira limpeza religiosa na mente delas. Mas muitos se fanatizam, exacerbam os ânimos e voltam-se furiosamente contra “Exu” e contra os Orixás.
Pessoas que se fanatizam, com certeza não encontrarão nenhum Exu quando desencarnarem, mas também não encontrarão nenhuma divindade e muito menos a que distorceram com seus fanatismos e ódios ás outras religiões e seus fiéis. Mas com certeza ver-se- ão de frente com o mais temido dos Tronos cósmicos punidores: Lúcifer, o senhor das ilusões, dos fanáticos e dos revoltosos religiosos!
Para finalizar, saibam que os Exus, ao se apresentarem com um nome simbólico, através dele estão revelando qual é seu principal campo de atuação, qual é o aspecto negativo que ativa ou desativa, e a qual divindade e mistério servem ou têm ao seu lado para lidar com seus aspectos negativos.
“Aspectos são sinônimo de qualidade”.
Observação: Não foi aberto para a dimensão material o mistério Exu feminino. Logo, quem escreve que Pomba-gira é Exu fêmea não sabe nada sobre este outro mistério da Umbanda.
Afinal, Exu é elemento mágico cósmico e agente cármico, cujo mistério e divindade regente gera e irradia o fator “vigor”. Já Pomba gira tem como divindade cósmica e regente uma que gera e irradia o fator “desejo”.
Saibam que os fatores vigor e desejo se completam, porque vigor sem desejo não se toma ativo, e desejo sem vigor logo se esgota.
Portanto, muito cuidado com o que andam ensinando sobre esses dois mistérios cósmicos, agentes cármicos e elementos mágicos “vivos” absorvidos pelo Ritual de Umbanda Sagrada para lidarem com os aspectos ou qualidades negativas dos Orixás.
Saibam também que existe uma dimensão da vida, paralela à dimensão humana, cuja energia principal é vitalizadora, e é habitada por seres “Exu”, que são tantos que talvez alcancem a casa dos trilhões.
Todos são regidos por uma divindade cósmica, que denomina mos de divindade X, porque seu nome sagrado não pode ser revelado ao plano material.
O Trono guardião dos mistérios dessa dimensão é o divino Mehór yê, divindade cósmica que polariza com o Orixá Ogum.
Enquanto Mehór yê é o Guardião dos Mistérios do Vigor Divino, Ogum é o Guardião da Potência Divina, e ambos formam uma dupla polaridade na onda viva ordenadora da criação nos níveis planetário e multidimensional .
Saibam também que essa energia vitalizante da dimensão “X” não desperta nenhum desejo sexual, mas tão somente vitaliza os seres em todos os sete sentidos da vida.
Os vórtices planetários multidimensionais retiram dessa dimensão suas energias vitalizadoras e as distribuem para todas as outras setenta e seis, não deixando nada e ninguém sem recebê-las, pois por eles passam todas as correntes eletromagnéticas transportadoras de energias essenciais já fatoradas.
Portanto, se alguém disser que Exu é sinônimo de “demônio”, ensinem isto: Deus tem toda uma dimensão da vida, toda habitada por seres naturais muito parecidos conosco, e nela nenhum deles tem chifre e rabo, não soltam fogo pela boca nem vivem atormentando-se uns aos outros, mas, sim, convivem entre si muito melhor que nós, os humanos. Agora, como elemento mágico e agente cármico, Exu é mais um dos muitos mistérios da religião de Umbanda Sagrada, que congrega em suas linhas de trabalhos seres de muitas dimensões da vida.
#amarracaofunciona
#amarracaogratis
#maetamarahonesta
#depoimentosamarracao
#UMBANDA
#aprendizado
#informação
#religião
#orixás
O Universo segundo os Yorubas
#amarracaofunciona
#amarracaogratis
#maetamarahonesta
#depoimentosamarracao2022
#UMBANDA
#aprendizado
#informação
#religião
#orixás
#SimpatiaAmor
#AmarraçãoAmorosaGrátis
O Mistério Caboclo
A Umbanda tem nos caboclos uma de suas linhas de trabalhos espirituais.
A linha de caboclos é formada por milhões de espíritos, todos incorporados às hierarquias espirituais regidas pelos Orixás menores, o primeiro grau da hierarquia dos Tronos Naturais.
Espíritos oriundos de todas as religiões, com as mais diversas formações teológicas e mesmo culturais, têm se integrado às linhas de caboclos para realizar todo um trabalho de caridade, doutrinação e espiritualização junto aos seus afins encarnados.
Saibam que o Ritual de Umbanda Sagrada congrega em seus colégios magnos, existentes no astral, espíritos oriundos de todas as religiões, inclusive muitas que já cumpriram suas missões no plano material, mas continuam ativas no lado espiritual da vida, onde têm planos espirituais só seus e destinados a acolher seus afins que reencamam.
Essas religiões, já recolhidas ao seu lado espiritual, foram regidas por divindades que ampararam milhões de espíritos durante seus estágios humanos da evolução. Mas muitos não ascenderam às esferas excelsas da luz, e continuaram a reencarnar sob a regência das divindades das novas religiões, que vêm substituindo as mais velhas e cujas mensagens se dirigiam a povos com culturas e expectativas diferentes das dos povos atuais.
Estas divindades antiquíssimas são regidas pelos Sete Tronos Planetários e, através da Umbanda, puderam colocar suas imensas hierarquias espirituais em contato direto com o plano material, onde, atuando incorporados nos médiuns, vêm resgatando seus afins paralisados no ciclo reencarnacionista ou que haviam estacionado em regiões sombrias existentes nos níveis vibratórios negativos.
Os espíritos luzeiros, atuando a partir do plano material, têm despertado milhões de afins que estavam impossibilitados até de reencamar, pois estavam à margem da vida.
O Ritual de Umbanda Sagrada é uma congregação religiosa em que está presente a maioria das religiões que já existiram na face da terra. E cada uma dessas religiões recebeu uma ou várias linhas de trabalhos espirituais dentro da religião de Umbanda, cuja característica mais marcante é a incorporação de espíritos.
Saibam que cada divindade é um mistério em si, e os nomes simbólicos das linhas de trabalhos da Umbanda estão ligados às divindades, muitas das quais já tiveram seus nomes esquecidos ou recolhidos aos livros de lendas e mitologias.
Para que entendam o que estamos comentando, imaginem isso:
— Dois mil anos atrás estava se encerrando uma era religiosa e se iniciando outra. A descida à carne e a espiritualização do Trono da Fé e do Amor, na pessoa de Jesus, já fez parte desse novo ciclo, assim como a do Buda já fazia, e Maomé, o profeta, também fez.
Esses três mensageiros divinos, semeadores de novas doutrinas religiosas, tinham por missão substituir as antigas doutrinas e fechar no plano material a atuação das antigas divindades, cujas mensagens religiosas já estavam defasadas no tempo, e não seriam renováveis e adaptáveis às futuras transformações na crosta terrestre.
Antes havia religiões nacionais, ou de nações mesmo!
— Gregos, romanos, egípcios fenícios, assírios hindus, judeus, todos tinham suas respectivas divindades.
Enfim, cada povo possuía seu panteão religioso, muitas vezes copiado de outros povos mais antigos. Mas, assim mesmo, cada um possuía suas divindades e suas religiões nacionais.
Na África, o mesmo acontecia e cada nação africana possuía suas divindades e seu culto próprio. E por isso os adeptos do Candomblé praticam o culto de “nação”, ou o culto herdado da mãe África, trazido para o Brasil pelas correntes de escravos que aqui vieram, tais como: povos Angola, Cambinda, Mujolos, Bantus, Mussurumis ou Muçulmanos, Ketos, Jêjes, Haúças, Nagôs, Minas, Gongos, etc.
Ainda que as diferenças fossem insignificantes, havia a questão das línguas e culturas a separá-los.
— Saibam que hoje, no continente africano, a religião muçulmana e a cristã já são maioria em número de fiéis, ainda que os cultos aos ancestrais divinizados tenham resistido aos avanços do islamismo e do cristianismo. E com isso um sincretismo também está se alastrando pelo continente africano, onde Jesus Cristo e Alá vêm substituindo as divindades naturais. E isso sem contar mos com o avanço do hinduísmo e do budismo, ainda restritos a alguns pontos isolados.
Afinal, as religiões são assim mesmo: umas vivem tentando ocupar os domínios das outras para se apossarem dos seus fiéis.
É assim que umas vão sendo substituídas por outras e novas formas de cultuar a Deus e suas divindades vão sendo colocadas à disposição dos espíritos encarnados.
Mas as religiões que vão desaparecendo da face da terra vão se condensando no astral e os espíritos que evoluíram nelas vão vendo seus campos de ação junto aos encamados serem reduzidos, dificultando o trabalho de amparo aos seus afins ainda atrasados.
Quando os regentes planetários criaram a Umbanda e a codificaram como “espiritualista”, abriram-na para todos os espíritos que quisessem atuar através dela junto dos encamados.
A única condição imposta foi a de se colocarem sob a irradiação das divindades naturais que na Umbanda se renovariam, mas manter iam seus nomes africanos.
Essa condição visou reduzir o universo religioso a umas poucas divindades planetárias, pois até o excesso de divindades “africanas” foi descartado, pois foi visto como divisor da religiosidade.
Muitos nomes africanos estão desaparecendo ou caindo no esquecimento e estão sendo substituídos pelas denominações iombás, tais como: Ogum, Xangô, lemanjá, lansã, etc. E, á medida que o tempo for passando, a teogonia de Umbanda se centra só nos Tronos planetários manifestadores das qualidades de Deus, estabelecendo de vez e em definitivo seu universo religioso.
O que foi codificado é que as religiões antigas teriam a oportunidade de criar linhas de trabalhos espirituais e magísticas, que atuariam sob a regência dos “Orixás”, mas recorreriam aos seus próprios conhecimentos e aos mistérios das divindades intermediárias que os regiam.
Assim surgiram muitas linhas de trabalhos, e todas foram englobadas no grau de linhas de caboclos, de Preto-Velhos, de Exus e de Pombagiras.
Nas linhas de caboclos muitas religiões estão presentes, e, só como exemplo, temos a linha dos Caboclos do Fogo, que é toda formada por “magos” do fogo adoradores de “Agni”, e temos a linha de Caboclos “Tupã”, formada por pajés adoradores de Tupã, que é Deus para os índios brasileiros.
— Agni é Deus na índia, para os hindus que o cultuam com esse nome .
— Tupã é Deus no Brasil, para os índios que o cultuam com esse nome .
O simbolismo e a analogia regularam a denominação das linhas de trabalhos espirituais, e todos os espíritos incorporados a elas, venham da religião que for, preservarão o culto e a reverência aos nomes iorubás das divindades, já que tanto o Deus hindu Agni quanto o Orixá africano Xangô são o mesmo Trono da Justiça Divina, mas adaptado a dois povos, duas culturas e duas formas de cultuá-lo e adorá-lo.
A divindade planetária regente da Justiça Divina é uma só. Mas manifestou-se de forma diferente para povos e culturas diferentes.
Logo, como a Umbanda, fundamentou-se na teogonia iorubá, espíritos cuja formação religiosa processou-se na índia, quando incorporados trabalha em nome de Xangô, o Orixá da Justiça Divina.
Com isso ordenou-se a religião e a religiosidade dos umbandistas, pois um médium sabe que seu mentor é um espírito cuja última encarnação ocorreu na índia, mas manifesta-se quando cantam para Xangô … ou para Oxóssi, ou para Ogum, pois mesmo os hindus são regidos pelos Sete Orixás Ancestrais ou Sete Tronos Essenciais, que não pertencem a esta ou àquela religião e povo, mas, sim, estão na ancestralidade de todos os espíritos.
Portanto, os espíritos que são incorporados, só são nas linhas cuja divindade ou “Orixá” seja seu regente ancestral.
Assim, se na ancestralidade de um “caboclo” está o elemento fogo, quem o rege é Xangô; e se está o elemento mineral, quem o rege é Oxum, etc. E sua linha de trabalhos espirituais atuará no campo do Orixá que está dando amparo divino à atuação dos espíritos que se apresentam com o seu nome simbólico.
Não vamos dar todos os nomes das linhas de trabalhos, mas só algumas, para que entendam o Mistério Caboclos:
• Linha de Caboclos Sete-Montanhas, regidos por Xangô.
• Linha de Caboclos Sete-Espadas, regidos por Ogum.
• Linha de Caboclos Cruzeiro, regidos por Obaluaiê.
• Linha de Caboclos Sete-Pedras, regidos por Oxum.
• Linha de Caboclos das Matas, regidos por Oxóssi, etc.
Mas temos linhas mistas ou regidas por mais de um Orixá:
• Linha de Caboclos Sete-Flechas, regidos por Oxóssi e lansã.
• Linha de Caboclos Sete-Pedreiras, regidos por Xangô e lansã.
• Linha dos Caboclos Cobra-Coral, regidos por Ogum, Xangô, lansã, Oxóssi.
Nestas linhas, e em todas as outras, são incorporados milhares de espíritos cujas religiões não eram a iorubá nem a indígena brasileira.
Mas todos têm uma forma de incorporar bem característica, que todos reconhecem quando incorporam para trabalhar, diferenciando-os dos Pretos – Velhos .
A última religião de um espírito pouco importa, pois na Umbanda ele reverenciará os Orixás aos quais já servia, só que com outro nome .
Afinal, Deus é único, o Trono regente do nosso planeta em seu todo também é único. E os quatorze Tronos Planetários Naturais (os nossos Orixás) também são únicos, ainda que sejam cultuados com muitos nomes .
#amarracaofunciona
#amarracaogratis
#maetamarahonesta
#depoimentosamarracao2022
#UMBANDA
#aprendizado
#informação
#religião
#orixás
#SimpatiaAmor
#AmarraçãoAmorosaGrátis
Depoimentos amarração – Julho 2022
#amarracaofunciona
#amarracaogratis
#maetamarahonesta
#depoimentosamarracao2022
#UMBANDA
#aprendizado
#informação
#religião
#orixás
#SimpatiaAmor
#AmarraçãoAmorosaGrátis
As Entidades que Atuam nas Linhas de Força do Ritual de Umbanda.
Vamos começar dizendo que essas entidades não são apenas de uma raça ou religião. Vêm de todos os lugares da terra e trazem ainda latentes os seus últimos ensinamentos religiosos, porém já purificados dos tabus criados pelos encarnados.
Todas as religiões são criações de Deus. Não existe uma religião ou ritual religioso que seja criado fora da ordenação divina. Sempre que se faz necessário. Deus cria as condições para que elas surjam na face da terra. Como uma gestação e um parto, exigem coragem e estoicismo. Como uma mãe que sofre para trazer um espírito à carne, e que, por isso é abençoada, os fundadores de uma religião também têm que ser fortes e pacientes. Suportam tudo por um objetivo divino e não se incomodam com o preço a ser pago. Simplesmente executam a sua missão com amor e dedicação a Deus.
Algumas religiões crescem rapidamente, tomando o lugar de outras mais antigas; outras nascem e se fecham após um crescimento limitado, porque seus fundadores se acham os eleitos e não dividem Deus com ninguém; outras nascem em meio à violência, e pela violência se impõem, fazendo de sua doutrina algo que se mantém destilando o ódio às outras religiões; outras nascem da sabedoria contemplativa da Ação de Deus sobre nós todos; outras, ainda, nascem da observação da Natureza que nos rege.
Isso sem falar daquelas que tentam penetrar na essência do Divino e ressuscitar aquilo que já morreu, tentando fazer com que o passado volte ao presente. Por isso seus fundadores são chamados de saudosistas pelos grandes mestres da Luz: choram pelo elo perdido com o passado, quando o poder e o saber dos mistérios sagrados era hierarquizado.
Nada é estático na Natureza, ou na religião. Deus é movimento e ação, assim também são os espíritos, encarnados ou não.
Muitas vezes queremos nos aproximar do Divino pela lei do menor esforço. Por isso Deus, Pai bondoso, permite que O reverenciemos pela fé, sem necessidade de penetrarmos em Seus mistérios. Mas mesmo nos rituais mais simples, surgem espíritos inconformados.
Aos que se conformam. Deus habita em seus corações pela fé que têm N’Ele, o Doador da Vida. Aos que querem penetrar nos Seus mistérios mais profundos. Deus também lhes é acessível. Se fosse para negar-lhes isso, não teríamos o raciocínio questionador. Tudo está aberto ao Saber!
Mas quem aprende, tem que saber como usar o que aprendeu. É neste ponto que os rituais da Natureza e os rituais espiritualistas saciam a sede do saber, constantemente em evolução. Por isso o Ritual de Umbanda é uma religião aberta a todos os espíritos, tanto encarnados quanto desencarnados. Para ela afluem milhões de espíritos de todo o planeta, oriundos das mais diversas religiões e rituais místicos, mesmo de religiões já extintas, tais como a caldeia, a sumeriana, a persa, a grega, as religiões europeias, caucasianas e asiáticas.
Eles formam o Grande Círculo Místico do Grande Oriente. São espíritos que não encarnam mais, mas que querem auxiliar os encarnados e desencarnados em sua evolução rumo ao Divino. Atitude mais que louvável, e que indica que eles já se integraram aos seus dons ancestrais místicos.
O Ritual Africano entrou com as suas linhas de força atuantes, e os ameríndios, tais como os índios brasileiros, os incas, astecas e maias, os norte-americanos, entraram por terem sido extintos, ou por estarem em fase de extinção e não quererem deixar perder o saber acumulado nos milênios em que viveram em contato com a Natureza.
Por isso, tanto os negros africanos como os índios já desencarnados se uniram à Linha do Oriente, e fundaram o Movimento Umbandista ou Ritual de Umbanda, o culto às forças puras da Natureza como manifestação do Todo-Poderoso.
Cada um entra com o seu saber, poder e magia, mas todos seguem as mesmas ordens de trabalho. Podem sofrer pequenas variações, mas a essência permanece a mesma. A variante que se adaptar melhor irá predominar no futuro. Por enquanto, a Umbanda é um laboratório religioso para experiências espirituais.
Os Orixás permanecerão sempre como guardiães dos pontos de força da Natureza, porque eles lhes pertencem por outorga do próprio Criador de Tudo e de Todos. A linha de ação ainda será definida no futuro, mas os pontos de força permanecerão.
À medida que o Ritual vai se expandindo de forma horizontal no plano material, ao mesmo tempo vai fortalecendo as linhas de forças vertical e horizontalmente, pela difusão da Doutrina no astral.
Por ser um ritual de ação positiva sobre a humanidade, atrai milhões de espíritos sedentos de ação em beneficio dos semelhantes.
Milhões deles já foram doutrinados e anseiam por uma oportunidade de comunicação oracular com o nosso plano. Todos têm algo a nos ensinar e falta-lhes apenas a oportunidade.
Não se incomodam em se manifestar em templos humildes, cômodos pequenos, à beira-mar, nas matas, nas cachoeiras, ou mesmo numa reunião familiar. Estão sempre dispostos a nos ouvir e ensinar.
Sempre solícitos e pacientes, não se incomodam com a nossa ignorância a respeito dos mistérios sagrados.
Têm um saber muito grande, mas conseguem se comunicar de uma forma simples. Têm o saber que nos falta, e a paciência com os nossos erros que os encarnados não têm. São maravilhosos pela simplicidade que nos passam; substituíram os sacerdotes dos rituais da Natureza com perfeição.
Cada grupo de espíritos que acompanha um médium cuida de um grupo de pessoas, auxiliando-as na medida do possível e do permitido pela Lei. Entram em choque com as falanges das Trevas com uma coragem que nos falta; sofrem com as magias negativas dos sacerdotes das Trevas com resignação e estoicismo, nunca perdem a nossa alegria. Festejam nossas vitórias e amargam nossas derrotas.
Pulsam, como nós, por uma rápida aproximação com o Criador.
Ficam felizes quando os médiuns, chamados pela Lei, vêm ao encontro do dom de incorporação oracular, e se sentem derrotados quando alguns, por ignorância, os repelem. Vibram ao redor dos que vencem os obstáculos impostos pela Lei Imutável do Criador.
Quando damos provas de que estamos aptos a suportar as cargas de ordem espiritual, formam grande falange de trabalho ao nosso redor. Quanta grandeza na humildade dos servidores invisíveis da Luz e da Lei !
Não há distinção de raça, origem religiosa ou cor Branco ou negro, feio ou bonito inexistem para eles. Estes são atributos materiais que não importam. O que interessa é a beleza da alma, é o valor do caráter, é o dom puro da simplicidade. Amam a todos e sabem que a carne é somente um veículo transitório para o espírito eterno. Tudo isso os toma queridos e respeitáveis.
É essa aceitação por parte do povo que toma o Ritual de Umbanda alvo de criticas, as mais ferinas possíveis.
Outros sacerdotes que estudam leis religiosas, que cursaram escolas especializadas e adquiriram grau hierárquico perante a sociedade civil e religiosa, não compreendem como pessoas com pouca escolaridade, que trabalham duro o dia todo ganhando o seu abençoado pão, podem, após um banho de descarga, ser portadoras de espíritos de luz, a verdadeira manifestação da Terceira Pessoa da Trindade, o Espírito Santo. Esse dom encanta a todos que o conhecem sem tabus.
Isso é o Ritual de Umbanda, tão combatido e, ao mesmo tempo, aceito de uma forma crescente, o que chega a assustar.
Amaldiçoam-no incessantemente através dos meios de comunicação. Fazem chacotas das formas simples de manifestação das entidades. Dizem que é obra do demônio. Tudo porque ele se expande de forma horizontal, abalando os seus feudos religiosos, tirando o poder que tinham sobre os seus fiéis, dilapidando seus tesouros materiais.
Alguns mais espertos, e são muitos, se organizam em verdadeiras máquinas de poder. Usam o Ritual de Umbanda como espantalho para amedrontar os que estão perdidos no meio do caminho, e com isso tomam o último centavo desses pobres incautos, aumentando suas riquezas materiais. Muitas vezes usam até meios de comunicação eletrônicos, como o rádio e a televisão.
Mas eles não sabem que quando ganham em nome de Deus, D’Ele são devedores, e que terão que pagar até o último centavo tirado dos seus semelhantes. A tudo isso os “guias” veem com tristeza. Sabem que, de pessoas assim, o inferno está cheio e que muitos outros irão adentrá-lo no futuro. Só não vê quem não quer, ou quem ainda ignora as leis de Deus.
O Tempo os fará beber da água que um dia sujaram, pois ele é sábio e não tem pressa. Tudo tem sua hora, e isso os mentores do Ritual de Umbanda sabem. Por isso não se vê a revolta nem o fanatismo no Ritual de Umbanda.
Eles não pregam a intolerância religiosa, mas sim o amor a todos como criação do mesmo Pai. Não existem dois deuses, apenas Um, e Ele é tolerante com nossa ignorância a respeito dos Seus desígnios e mistérios.
Por tudo isso é que a Umbanda já deixou de ser uma seita, e é uma religião. Porém, por ordem da Lei, ela é mantida dentro de uma linha de expansão horizontal, tudo sob a direção dos espíritos que se manifestam em seu ritual através do dom ancestral místico de incorporação oracular.